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>Energias Renováveis . 167

>Por David Lucas, Engenheiro Civil

Geotermia

O planeta Terra é imensamente rico em recursos e fenómenos naturais. Um destes fenómenos prende-se com a actividade interna e com o calor existente no subsolo, a chamada geotermia. Esta capacidade de armazenamento/geração de calor traduz-se por temperaturas médias na superfície da Terra que chegam aos 140C (variando entre -600C e os +450C). Fazendo uma análise vertical dos estratos terrestres, verifica-se que as temperaturas podem chegar mesmo aos 7.7000C no interior da Terra.

Então, porque não aproveitar esta capacidade natural do planeta para a converter em energia? Energia geotérmica. Pensando um pouco neste tipo de energia, facilmente a associamos a locais onde seja mais fácil aproveitá-la (maior eficiência), como por exemplo solo vulcânico – que são locais onde a temperatura do subsolo próximo tem uma temperatura mais elevada. Nos Açores existem algumas centrais geotérmicas de elevada importância e que contribuem para uma grande parte da produção de energia eléctrica daquele arquipélago.

“Em termos globais, em 2010, as fontes geotérmicas foram responsáveis por 20,4 por cento da produção de energia no arquipélago, enquanto a hídrica e a eólica, no seu conjunto, representaram 7,6 por cento do total produzido”, refere-se em www.acorianooriental.pt.

As centrais geotérmicas fazem um aproveitamento da energia calorífica do vapor gerado, recorrendo a uma turbina para o converter em energia mecânica ou eléctrica. Deixando um pouco de parte os sistemas de grande porte (centrais), verifica-se que já podem ser colocados mini sistemas de geotermia a nível particular. Estes sistemas são constituídos por tubagens que são colocadas no subsolo verticalmente, ou horizontalmente, próximo de locais com níveis freáticos (lençóis de água) ou ainda com um aproveitamento aéreo (calor do ar).

Ainda não há muita informação relativa à eficiência deste tipo de sistemas, mas presumo que serão mais apropriados para locais onde o subsolo tenha uma intensidade calorífica maior (por exemplo, locais termais), ou onde as temperaturas ambientais sejam mais elevadas. Esta é mais uma forma de produção de energia “limpa”.

Fontes:

www.geotermiadeportugal.pt
www.acorianooriental.pt
www.aprh.pt

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