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Palavra do Pároco: Páscoa – Luz que vence as trevas

P. Armindo Castelão Ferreira
Pároco da Batalha e do Reguengo do Fetal
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As nossas vidas passam, tantas vezes, por momentos de trevas. Momentos em que parece que nada pode brilhar, nada pode trazer aos nossos lábios um pequeno sorriso de esperança e alegria; tudo e todos parecem estar contra nós. Como canta Rui Veloso: “Não há estrelas no céu a dourar o meu caminho; por mais amigos que tenha, sinto-me sempre sozinho… Para mim hoje é Janeiro, está um frio de rachar; parece que o mundo inteiro se uniu pra me tramar”.
E, se olharmos à nossa volta e para o mundo que nos rodeia, ficamos estarrecidos com tanto sofrimento, tantas trevas, tanto desespero.
“Levando até ao fim a sua paixão, Jesus morreu; e, deposto da cruz, foi fechado no sepulcro. Ao olhar humano, era o fracasso total, a perda da vida e da honra…”
Contra toda a esperança, o anjo anuncia às mulheres que o procuram no sepulcro: “Jesus ressuscitou, não está aqui”!
Será possível?
É verdade: tinha ressuscitado!
É que não faz parte do desígnio de Deus que a vida seja derrotada para sempre pela morte.
Foram as mulheres as primeiras a dar esse testemunho, depois os discípulos, Maria Madalena, os discípulos de Emaús, até Tomé…
Os testemunhos de todos estes foram escritos nos livros sagrados do Novo Testamento. Mas, mais do que as palavras, foi a sua vida a dar testemunho: Cristo ressuscitou!
Eles testemunharam com a própria vida essa verdade. Levados aos tribunais, foi-lhes dito: já vos demos ordens de não falar mais no nome desse homem. Mas eles não se calaram diante do que viram e ouviram. E, porque não se calaram, foram mortos. Mortos por anunciarem a ressurreição de Cristo…
Nada nem ninguém pode vencer o querer de Deus. Ele, nosso Deus, Senhor e Pai, pode abrir os nossos túmulos e deles nos fazer sair, pode vencer as nossas trevas e mergulhar-nos na sua Luz, com a sua Esperança vencer os nossos desesperos, com a sua alegria vencer as nossas tristezas, perante as nossas guerras dar-nos o sabor da vitória.
Para quem vive n’Ele, não há trevas que não sejam vencidas pela luz, não há sextas-feiras santas que não dêem em domingos de Páscoa, não há becos sem saída, não há morte que não dê em vida.
Como os apóstolos, não tenhamos medo de O testemunhar com a nossa vida.
Por nós, quantos poderão também encontrar n’Ele a fonte da luz, da paz, da esperança, da alegria!

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