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Os vícios são considerados como geradores de prazer, alegria e desejo. Mas, esta propaganda televisiva de homens e mulheres bonitas divertindo-se e sorrindo esconde uma realidade de comportamentos compulsivos com menos motivos de alegria. Neste artigo serão abordados os vícios da comida, do álcool, do café e do tabaco.

O início é semelhante em todos os vícios: um copo bebido socialmente ou um cigarro fumado para acompanhar os amigos. Tudo situações comuns, se de atitudes pontuais não passarem a comportamentos compulsivos. O pior acontece quando a vertigem do consumo amplia e a situação tem de ser repetida até à exaustão. E isto pode acontecer com qualquer tipo de comportamento ou substância.

Para um comportamento se tornar compulsivo é preciso haver uma interacção entre o cérebro e uma substância ou uma situação. Os circuitos de prazer do cérebro são activados e, em resultado de uma aprendizagem natural, há uma resposta neuroquímica repetitiva que faz manter esse comportamento compulsivo.

O vício da comida é um distúrbio alimentar que consiste na ingestão compulsiva, rápida e abusiva de comida sem que a pessoa esteja, realmente, com necessidade de comida. Os sinais mais evidentes são: comer muito mais rápido do que o normal, comer até se sentir desagradavelmente cheio e sentir-se culpabilizado depois de comer.

O consumo do álcool causa, numa primeira fase, euforia, desinibição e sociabilidade. Conforme aumenta a quantidade de álcool, os efeitos passam a ser mais depressivos, chegando a causar falta de coordenação motora, diminuição de sensações, perda de controlo, sono e, numa fase mais avançada, chega-se a entrar em coma alcoólico. O álcool está intimamente ligado ao aparecimento de certas doenças, como a cirrose, gastrite, anemia e úlceras cutâneas, além de afectar também a parte do cérebro que controla o sistema respiratório e cardíaco.

A cafeína é o estimulante legal mais usado no mundo, estando associada ao café e às “colas”. Esta não produz uma verdadeira euforia, mas causa dependência psicológica, aumenta a actividade, a performance mental e motora, especialmente nas pessoas mais cansadas. Também aumenta o ritmo e a potência do coração, aumenta o volume de urina e dilata as vias respiratórias. Um consumo muito elevado deste estimulante pode levar à ansiedade, irritabilidade, stress e depressão.

A nicotina é uma das drogas mais consumidas no mundo, tendo como principal efeito uma “elevação leve do humor”. Ao longo dos anos de consumo de tabaco, a pessoa pode ter a necessidade de consumir cada vez mais, para sentir os mesmos efeitos. O simples acto de fumar aumenta a probabilidade de ocorrência de doenças como cancros variados, pneumonia, enfarte do miocárdio, enfisema pulmonar, derrame cerebral, doença pulmonar obstrutiva crónica, úlceras gástricas, etc. A cessação abrupta de fumar causa o síndrome de abstinência (desejo incontrolável por cigarros, irritabilidade, agitação, prisão de ventre, dificuldade de concentração, tonturas, insónias e dores de cabeça), desaparecendo dentro de uma ou duas semanas.

Os vícios aqui apresentados são comportamentos que devem ser reduzidos e eliminados. Para isto, é necessário que sejam reconhecidos e seja demonstrada vontade de os findar. Será fundamental ajuda e aconselhamento, pelo que uma ida ao médico de família pode ser um salutar fim para estes comportamentos compulsivos.

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