>Em bons tempos pratiquei desporto no CRG. Foram alguns dos meus melhores momentos enquanto pré-adolescente. Havia um espírito saudável que me mantinha ligado à prática desportiva e tudo funcionava, mesmo passando nós por alguns tempos mais difíceis.
Esses tempos de prática desportiva acabaram, e de alguma forma afastei-me da colectividade, numa altura em que tudo começou a crescer. Não acompanhei de forma muito atenta esse crescimento, mas, no meu entender, essa evolução não foi totalmente benéfica. Compreendi a necessidade de fazer mais e melhor, e a obra está feita, mas agora sinto que há um vazio nos corredores da colectividade. O associativismo, na verdadeira essência da palavra, dispersou-se, ou seja, já não o é. Privatizou-se com a própria evolução e com a obra feita.
Era saudável para a colectividade mudar este “estado de alma”, ou não tendo ela vontade própria, que nós a mudássemos. Contra mim falo, que não tive o discernimento de compreender isso mesmo atempadamente, mas nunca é tarde. Não precisamos de lhe dar aquilo que não temos ou dar demasiado, basta o suficiente para sentir que contribuímos.
David Lucas