(Freguesia da Golpilheira • Concelho da Batalha • Distrito de Leiria)
 
171 – Combatentes

171 – Combatentes

Coluna da responsabilidade do
Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes

Talhões e ossários dos Combatentes

Poucos anos após o fim da Guerra de 1914-1918, por todo o País começaram a ser construídos, em muitos cemitérios, talhões destinados à última morada dos Combatentes que nos iam deixando e desde que, ainda em vida, manifestassem o desejo de ali serem sepultados. Aos talhões, seguiu-se a construção de ossários, naturalmente, com o objectivo de para aqui irem sendo transladadas a ossadas dos que há mais anos tinham falecido.
Com o advento das guerras coloniais, onde, como sabemos, durante os mais de 13 anos da sua duração, tombaram cerca de onze mil portugueses, nos anos subsequentes foram-se construindo mais talhões e ossários.
Na Batalha não se fugiu à regra e no cemitério da vila existe também, há muitas décadas, um talhão e um ossário, tendo aquele já sido acrescentado.
Recentemente, com o aumento da área do cemitério da Golpilheira, foi igualmente possível construir um talhão para os Combatentes e reservar um espaço para a construção do ossário.
As obras do talhão, constituído por oito covatos, foram concluídas em Junho de 2006, tendo o mesmo sido benzido (felizmente, ainda não foi “inaugurado”…) no dia 26 desse mês, em cerimónia que contou com as principais autoridades do nosso concelho, para além de gentes golpilheirenses, com destaque para os seus Combatentes. Por essa altura, chegámos a informar a quem nos questionou sobre isso que tencionávamos arrancar com a construção do ossário logo que os custos assumidos com o talhão estivessem completamente saldados, o que ocorreu em finais de 2008.
Todavia, como nessa data era já sentida a crise e não se perspectivando que a mesma fosse passageira, aconselhava a prudência que aguardássemos por melhores dias.
Porém, quase três anos volvidos, a crise não só se agravou como ainda estará para durar, pelo que se tivermos de esperar pelo seu fim, tarde ou nunca construiremos o ossário.
Nesta conformidade, tomámos a resolução de reactivar o processo, convictos de que, apelando à generosa e solidária participação das populações do nosso concelho, em Geral, e da Golpilheira, em particular, será possível concretizarmos o objectivo.
No próximo jornal daremos mais pormenores do andamento do processo, talvez até já o custo da obra, tal como alvitraremos as formas como as pessoas – que o queiram e possam fazer – poderão prestar as suas ajudas.
A propósito, lembramos os nossos sócios que pretendam ser sepultados nos talhões dos Combatentes que continua a ser necessário manifestarem esse desejo, através da assinatura do respectivo livro existente no Núcleo.

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