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Novo livro aborda as Capelas Imperfeitas e o Renascimento em Portugal

Novo livro aborda as Capelas Imperfeitas e o Renascimento em Portugal

Um segundo momento da sessão solene do Dia do Município, a 14 de Agosto, foi a apresentação do livro “O mosteiro de Santa Maria da Vitória no século XVI – As Capelas Imperfeitas e o Renascimento em Portugal”, da autoria do historiador de arte António Luís Ferreira.

A apresentação esteve a cargo de Vitor Serrão, professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, que assina o prefácio e colaborou na investigação do autor. Segundo ele, “este é um estudo inovador e fundamental para a compreensão de um dos períodos menos estudados do monumento, o das intervenções construtivas planeadas no reinado de D. João III, no segundo quartel do século XVI”.

livroO monumento tem, assim, mais uma obra a ele dedicada, essencial para quem deseja conhecer mais e melhor a sua história, arquitectura e arte. No caso em apreço, com especial incidência nas Capelas Imperfeitas e a sua varanda real, resultado do trabalho dos arquitectos quinhentistas João de Castilho e Miguel Arruda. De referir ainda os desenhos do autor e as fotografias de Miguel Saavedra, que muito enriquecem e ajudam à compreensão da exposição textual, na sua essência resultado da tese de mestrado defendida pelo autor em 2014.

Na ocasião, António Luís Ferreira apresentou uma síntese do seu estudo e agradeceu aos que nele colaboraram, com especial referência ao falecido historiador Jorge Estrela, responsável pela descoberta e estudo dos grafitos nas paredes e coberturas do Mosteiro. Quanto ao seu conteúdo, sublinhou a importância da janela da referida varanda, “com o seu exuberante entablamento, um registo maneirista precoce no ambiente artístico nacional, então dominado pela persistência do já esgotado modo manuelino”. Essa obra de arte, “resultado de uma espécie de laboratório de novas técnicas e estéticas” dos referidos construtores, foi “absolutamente determinante na definição dos caminhos do Renascimento em Portugal, confirmando o pioneirismo de sempre de profícua fábrica de Santa Maria da Vitória”, conclui o autor.

Numa palavra final, o presidente da autarquia sublinhou o rigor e qualidade da obra, “que a comissão de análise de publicações do município não teve qualquer dúvida em editar”.

LMF

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