“No Centro para o Desenvolvimento Rápido e Sustentado de Produto (CDRSP) a investigação é o nosso foco. No entanto, esta investigação deve ser aplicada, de modo que o tecido empresarial, e na zona de Leiria e Marinha Grande temos bastante, possa beneficiar do que fazemos no nosso centro”, afirmou Rui Ruben, durante a cerimónia de tomada de posse como novo diretor do CDRSP, unidade de investigação do Politécnico de Leiria, na quarta-feira, 10 de janeiro, onde lançou um convite aos empresários da região: “visitem-nos e conheçam o que fazemos. Também temos muito a aprender com os empresários, para percebermos as suas necessidades. Será bom ter uma investigação aplicada, da qual todos possam beneficiar”.
Realçando que o CDRSP tem “uma forte preocupação com a sustentabilidade”, o diretor avançou estar a ser criado um doutoramento em Engenharia Sustentável. “Será um doutoramento na área da engenharia mecânica, alinhado com os atuais problemas sociais. Uma formação virada para o século XXI, em que a sustentabilidade tem de estar sempre presente.”Rui Ruben, que substituiu Artur Mateus no cargo de diretor do CDRSP, salientou ainda a intenção de “manter um diálogo aberto e fraterno, de modo que as sinergias tornem todos mais fortes”, sobretudo através de uma “aproximação da Marinha Grande a Leiria, Peniche e Caldas da Rainha”.Como subdiretores do CDRSP, Rui Ruben nomeou Marcelo Gaspar, da área da Engenharia Mecânica, e Juliana Dias, das Ciências Biomédicas.Na abertura da sessão, o presidente do Instituto Politécnico de Leiria, Carlos Rabadão, começou por agradecer aos anteriores diretores do CDRSP, fundado em 2007, a “dedicação e visão inspiradora que moldaram o que é hoje este centro”.“Alcançámos enormes marcos significativos, e hoje o CDRSP é uma referência ao nível da investigação. Consolidámos a nossa posição como centro de investigação de excelência, com forte ligação às empresas, que é uma das principais características, não só do CDRSP, mas também do Politécnico de Leiria e das nossas unidades de investigação e escolas.”Sublinhando que o novo diretor “traz uma vasta experiência de investigação, de docência, de coordenação de cursos, mas também de participação em diversas estruturas dirigentes”, Carlos Rabadão assegurou estar “confiante que se continuará a trilhar um caminho de excelência”, e apontou como o primeiro desafio da nova direção a submissão da estratégia do CDRSP à Fundação para a Ciência e Tecnologia, até ao final do mês de fevereiro, para respetiva avaliação.“O nosso objetivo só pode ser manter a avaliação ‘Excelente’. É um grande desafio, mas estamos confiantes que vamos conseguir. A possibilidade dada aos politécnicos de outorgar o grau de doutor trouxe associada uma obrigação: o corpo docente dos nossos programas doutorais tem de estar integradoem unidades de investigação próprias, com avaliação de ‘Muito Bom’ a ‘Excelente’. Hoje temos já alguns centros com esta avaliação, mas a generalidade ainda está no ‘Bom’ e queremos dar o salto”, afirmou Carlos Rabadão.O presidente recordou a submissão, em setembro de 2023, de dois novos programas doutorais para avaliação, na área da transformação digital para a indústria e na área das ciências de dados para a sustentabilidade, e afirmou a intenção de, em março deste ano, serem submetidos outros dois doutoramentos.“A estratégia do CDRSP é a estratégia das nossas escolas e restantes unidades de investigação: uma busca contínua por soluções sustentáveis e desenvolvimento de tecnologias de ponta, que possam impactar o nosso tecido empresarial e a sociedade em geral. Pretendemos fortalecer as parcerias com a indústria, fomentar a interdisciplinaridade, promover a formação de jovens talentos e retê-los, capacitando e preparando os estudantes para enfrentarem os desafios globais. A nossa aposta passa por fomentar uma maior aproximação entre as nossas escolas e as nossas unidades de investigação”, salientou.
Fonte: IPL