No domingo 26 de Janeiro, a freguesia da Golpilheira esteve sem energia eléctrica, aproximadamente, entre as 17h30 e as 23h30. Já não é novidade haver cortes de fornecimento, sobretudo em condições de chuva e vento, mas raramente durante um período tão longo. Para sabermos o que terá acontecido e esclarecermos os nossos leitores, contactámos a E-Redes, no dia seguinte, pelo e-mail indicado no respectivo site como único contacto para a imprensa.

Na edição em papel do JG de Janeiro/Fevereiro, demos conta deste assunto e do facto de não termos recebido resposta da E-Redes, apesar a insistência no contacto, por diversas vezes. Após essa publicação, a empresa contactou-nos, referindo que os nossos e-mails não tinham chegado ao destino, por falha do sistema. Lamentando o sucedido, a empresa prontificou-se a enviar esclarecimentos relativos ao referido incidente. Na edição de Março/Abril, demos conta dessa resposta.
O problema terá sido “a queda de um condutor, num troço de uma linha aérea de média tensão”, por causa desconhecida que a empresa considera “fortuita”, já que “a rede eléctrica se encontrava devidamente conservada e com os respectivos componentes em exploração e plenamente operacionais”. Para solução, a E-REDES enviou “os meios adequados” para restabelecer o serviço “em segurança e com a brevidade possível” (7 técnicos e 5 viaturas), nomeadamente, a “reposição provisória do condutor”.
Quanto a eventuais indemnizações aos consumidores, a empresa refere que “os critérios para atribuição de compensações encontram-se previstos na regulamentação aplicável” (consultar e-redes.pt).
Perguntávamos se esta ocorrência fora inesperada ou poderia ser prevenida. Segundo a E-Redes, “não existia qualquer indício da possibilidade desta ocorrência, não havendo qualquer forma de a prever e prevenir”, dado o estado de conservação da rede eléctrica ser “o exigível” ao serviço prestado, com “inspecções previstas no plano de manutenção”, não podendo atribuir-se o problema a “qualquer omissão desta empresa relativa à manutenção e conservação”.
Referíamos a queixa frequente de cortes de fornecimento na freguesia, perguntando se não haveria problemas de qualidade ou dimensionamento das infra-estruturas locais. A empresa refere que “por referência ao período de 1 ano, temos apenas registo deste incidente” e acrescenta que “as interrupções ocasionais registadas têm duração inferior a 4 minutos, e, tendencialmente, reportam-se a interacções fortuitas com agentes externos, nomeadamente, aves ou cascas de eucaliptos projectados pelo vento”.
Por fim, questionávamos se estaria prevista alguma intervenção de fundo na rede na nossa região. A E-Redes considera que “a linha eléctrica foi projectada de acordo com as regras de construção e segurança aplicáveis, integrando todos os mecanismos e protecções adequados a garantir o fornecimento de energia eléctrica, em condições de segurança, e a continuidade do serviço”. Aponta que “na última década já foram efectuadas intervenções de remodelação da linha em diversos troços” e que continuará a efectuar “inspecções periódicas e regulamentares” para “despistar qualquer inconformidade”, numa aposta de contínua “monitorização e optimização da qualidade de serviço”.
LMF