(Freguesia da Golpilheira • Concelho da Batalha • Distrito de Leiria)
 
Golpilheira no Festival de Folclore de Vilarinho

Golpilheira no Festival de Folclore de Vilarinho

“Lavadeiras” actuaram em Coimbra

Organizado pelo Rancho da Associação Cultural de Vilarinho, na freguesia de Brasfemes, Coimbra, decorreu no passado dia 10 de Setembro a “Festa do Folclore”, com a participação do rancho folclórico “As Lavadeiras do Vale do Lena” do CRG e também do Grupo Folclórico de Vila Chã e do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré.

Tive a oportunidade de acompanhar este último festival de folclore desta época para o nosso rancho, com a presença de numeroso público, que nunca é demais salientar e prova que o nosso povo gosta de folclore. Depois do jantar de convívio, da entrega de lembranças e de algumas intervenções das entidades oficiais, cada grupo apresentou muito bem as tradições dos seus antepassados.
Todos estiveram muito bem, mas o grupo da casa esmerou-se, ao apresentar, para além das danças e cantares, outros usos e costumes desta região. É de realçar o trabalho em palco, desde o cenário ao vivo do pastor com as suas cabrinhas, as vendedeiras de Coimbra e os seus pregões, a reza do Responso, o corte do “Cobrão” e a reza do “Quebranto”. É com estes trabalhos que os ranchos folclóricos, por vezes sem apoios, conseguem preservar um legado inestimável que os nossos antepassados nos deixaram. É isto que nos identifica e nos distingue de outros povos. Continuam a tirar-nos muitas coisas, mas de certeza, com a ajuda de muitos grupos folclóricos portugueses, a nossa cultura jamais nos conseguem levar e vamos conseguir resistir à globalização que quase tritura tudo.
As aldeias de Portugal cada vez me surpreendem mais, pela positiva. Aqui, em Vilarinho, tive mais uma prova. Apesar do seu tamanho, são grandes nesta preocupação de preservar o que é nosso. Nunca é demais afirmar que os nossos ranchos são o baluarte da cultura portuguesa, que infelizmente, agora, nem ministro tem. Mas a nós não nos interessa. Com ministério ou sem ministério, o trabalho árduo não vai abrandar e vamos continuar a ser os presépios vivos, neste firmamento cintilante que é o folclore. Viva o folclore português!

Manuel Carreira Rito
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