(Freguesia da Golpilheira • Concelho da Batalha • Distrito de Leiria)
 
>Alergias respiratórias

>Alergias respiratórias

>Na Primavera, além do bom tempo, do sol e das flores, chegam também as alergias, acompanhadas pelos pingos no nariz, pelos espirros que não param e os olhos a lacrimejar. A alergia é uma doença que afecta um grande número de pessoas em todo o mundo. É uma situação em que o organismo reage de uma forma exagerada a substâncias normalmente inofensivas. Pessoas que têm alergias frequentemente são sensíveis a mais do que uma substância.
As alergias podem ser provocadas por inúmeras substâncias, sendo a mais comum a poeira, na qual se encontra o ácaro. O pólen de algumas árvores, como ciprestes, eucaliptos, plátanos e acácias, é susceptível de causar alergias. A muito conhecida “Febre dos Fenos” é uma doença que ocorre sempre neste época do ano, sendo o resultado da polinização das flores. Desinfectantes, insecticidas, perfumes e mudanças de temperatura bruscas (quente para o frio) podem também ser agentes causadores deste tipo de alergia.
No sistema respiratório, a alergia poderá manifestar-se como uma doença alérgica no nariz (rinite alérgica) ou nos pulmões e vias aéreas (asma ou hiper-reactividade brônquica). Tosse e falta de ar são os principais sintomas de alergias respiratórias. Sintomas como a secreção lacrimal, inflamação da membrana do olho (conjuntivite), irritação dos olhos, corrimento nasal e espirros constantes são os mais comuns.
A melhor maneira de prevenir a alergia começa dentro de casa. Um ambiente limpo, livre de poeira e bem arejado é um bom começo para que as pessoas possam tentar manter-se longe das alergias. Para tratar, o caminho é único: identificar a causa e manter-se longe desse agente. Desta forma, a melhor atitude é a prevenção.
Para descobrir o agente causal, o médico irá prescrever um teste que se realizará na pele do braço. Serão utilizadas extractos diluídos de alergenos, como o pó dos ácaros, pólenes ou mofos, para realizar o teste, que pode ser feito através de inserção do alergeno debaixo da pele, ou pela aplicação deste sob um diminuto arranhão. Este teste é fácil de fazer, além de ser barato.
O médico poderá recomendar ainda o uso de anti-alergenos para combater ou prevenir os sintomas da alergia respiratória. Outra opção de tratamento é a imunoterapia (“vacinas”), que utiliza injecções com dosagens progressivas de substâncias que provocam a alergia, com o intuito de “habituar” o corpo a receber tais alergenos, diminuindo a sensibilidade do organismo a estes.
Com a degradação do ar que respiramos, as alergias são cada vez mais frequentes, pois qualquer processo alérgico pode ser agravado devido à qualidade do ar. Se, por um lado, médicos e doentes estão mais atentos às condições ambientais, por outro, o processo de urbanização e industrialização crescente está a contribuir para o agravamento do problema. Vários estudos epidemiológicos demonstram que a incidência de problemas alérgicos aumentou nas últimas duas ou três décadas e está comprovado que este aumento é consequência dos constantes aumentos da poluição do ar.

Ana Maria Henriques
Enfermeira

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