>Primeira derrota ao fim de dois anos
Golpilheira – 1
Vidais – 0
O jogo disputado no pavilhão Batalha, no passado dia 31 de Janeiro, opôs o primeiro e o segundo classificados deste campeonato, separados por quatro pontos. Sem dúvida alguma que estiveram frente-a-frente as duas melhores equipas desta divisão. Iniciado o jogo, depois do encaixe entre as duas equipas, iniciou-se de imediato o domínio da Golpilheira. Criámos boas e várias oportunidades de golo e este não surgiu mais cedo, porque a guarda-redes dos Vidais se opôs com valentia às nossas atacantes. Quando não era esta, eram as suas colegas ou os postes que a substituíam. Adivinhava-se o golo a qualquer momento. No entanto, este apenas surgiu ao findar a primeira parte, pela inevitável Carolina. Até ao intervalo, as grandes oportunidades de golo foram nossas, e às tentativas de ataque da equipa dos Vidais, opunha-se a nossa defesa, muito coesa, e por fim a nossa tranquila Ivone, que transmitia total confiança às suas colegas. Fomos para o intervalo a ganhar por uma margem curta, que não reflectia aquilo que se tinha passado em campo.
A segunda parte iniciou-se com algum equilíbrio. Mas, passados alguns minutos, recomeçou o domínio da Golpilheira, criando mais algumas oportunidades de golo, apesar de este não surgir. Com o aproximar do final do jogo, a equipa dos Vidais tentou com mais persistência o golo da igualdade. No entanto, a nossa defesa esteve muito coesa, não deixando rematar as jogadoras adversárias, quer de longe, quer de perto da nossa baliza. Apesar das diversas mutações que a nossa treinadora, Teresa Jordão, efectuou na equipa, esta nunca baixou de rendimento. A nossa treinadora sabia que esta vitória era muito importante para a conquista do tri-campeonato. Ainda faltam muitos jogos, mas foi dado um grande passo em frente. Até final, foi controlar o jogo, com muita coesão, concentração e determinação. Esperou-se com alguma ansiedade o terminar da partida. Após o apito final, grande explosão de alegria, entre jogadoras, treinadora e dirigentes, acompanhados por uma enorme massa associativa.
Resumindo, estivemos perante um grande jogo de futsal, onde a nossa superioridade nunca esteve em causa. O resultado apenas peca por ter sido pela diferença mínima. Soubemos respeitar a equipa adversária, até porque também tem excelentes executantes, sendo dentro de poucos anos uma grande candidata ao título. Muitos parabéns à nossa treinadora, atletas e directores, que com a sua garra, união, determinação, conseguiram uma excelente vitória.
Caça e Pesca Carang. – 4
Golpilheira – 2
A nossa equipa não perdia um jogo para o campeonato, há mais de dois anos. No entanto, sabia-se que esta invencibilidade não podia ser eterna. Bastava, no mesmo encontro, aliarem-se diversos factores, para a derrota acontecer. Perante este historial da equipa da Golpilheira, é natural que as equipas adversárias se agigantem, se transcendam, corram mais do que as nossas jogadoras.
Foi o que aconteceu neste jogo. As atletas entraram um pouco apáticas, desgarradas, dando a iniciativa do jogo à equipa da casa. Por isso, não foi de admirar que chegassem ao primeiro golo, com alguma facilidade. Tentámos reagir, mas os passes não saíam certos, a bola prendia, e na baliza estava uma excelente guarda-redes. Costuma dizer-se que quem não marca sofre. Foi o que aconteceu. A Caça e Pesca chegou ao segundo golo. Adivinhava-se tarefa difícil. Teresa fazia rodar as jogadoras, o que surtiu efeito. Ainda antes do intervalo, conseguimos empatar, com um golo de Carolina e outro de Inês.
Com o reinício do jogo, pressentia-se que a Golpilheira chegaria à vitória. Apesar de algum domínio de jogo, era a equipa da casa que criava mais perigo, em contra-ataque, iniciado normalmente pela sua guarda-redes. O jogo decorria e quase nada saía bem às nossas atletas. Pressentia-se o pior, que veio a acontecer na marcação de um livre. A partir daqui, fomos à procura do prejuízo, colocando várias vezes a nossa baliza à mercê das adversárias… e assim surgiu o quarto golo da Caranguejeira.
Nesta altura, lembrei-me do jogo do ano passado. Estivemos a perder por 3-0 e conseguimos dar a volta no último segundo, ganhando por 4-3. Confirma-se que não há jogos iguais. O ano passado, a sorte coube-nos, e este ano foi à equipa da casa. Nada está perdido. Por morrer uma andorinha não acaba a Primavera. É razoável que todos tiremos ilações deste desaire, para que o mesmo não se repita no futuro.
Manuel Carreira Rito