>Por Cristina Agostinho, Docente Ens. Superior
Perspectivas para 2011….
Segundo o FMI, as perspectivas apontam para um ligeiro abrandamento da economia mundial em 2011, embora continue em crescimento, devendo o PIB aumentar 4,2% em termos reais, situando-se ligeiramente acima da taxa média registada entre 2000 e 2008 (4%).
Estima-se que a generalidade das economias avançadas mantenham um ritmo de crescimento moderado e que demore algum tempo para que seja possível reabsorver o elevado número de desempregados, cuja taxa prevista indicia manter-se ainda muito alta (8,2% em 2011, que compara com 8,3% em 2010), pelo que a recuperação da economia a nível mundial não será suficiente para recuperar o emprego perdido durante a crise.
A liderar a recuperação económica continuarão a estar as economias emergentes. A Ásia (com destaque para a China e Índia), a América Latina e a Comunidade de Estados Independentes (Rússia) deverão continuar a ser as regiões que mais vão contribuir para o crescimento económico mundial. Segundo as estimativas das Nações Unidas, parciais para 2011, a Zona Euro deverá crescer 1,3% este ano e 1,7% em 2012, projectando um crescimento de 3,1 % para a economia mundial, uma substancial revisão em alta face à anterior previsão, que apontava uma contracção de 0,1%.
Já ao nível nacional, de acordo com o Banco de Portugal, o ano de 2010 tem sido caracterizado pela recuperação generalizada da actividade económica ao nível mundial. Esta melhoria do enquadramento internacional da economia portuguesa, embora com alguma heterogeneidade regional, evidenciou-se nomeadamente na aceleração assinalável dos fluxos de comércio internacional, bem como na evolução relativamente favorável dos mercados accionistas e de dívida ao nível global.
No entanto, o crescimento continuado do risco soberano em Portugal ao longo de 2010, com vários períodos de diferenciação, acarreta profundas implicações sobre a evolução económica. Nesse sentido, o processo de consolidação orçamental assume importância primordial.
As perspectivas macroeconómicas apontadas pelo Relatório das Nações Unidas indicam um crescimento da economia portuguesa de 0,2% para 2012.
A economia portuguesa deverá sofrer uma contracção 0,9% este ano e crescer 0,2% em 2012, abaixo dos 1,3% estimados para a Zona Euro em 2011.
As perspectivas mantêm-se rodeadas de incerteza e sérios riscos, apontando ainda para a cooperação entre economias como forma de agilizar a recuperação da crise global.