(Freguesia da Golpilheira • Concelho da Batalha • Distrito de Leiria)
 
Cumpriu-se mais uma Festa da Santíssima Trindade

Cumpriu-se mais uma Festa da Santíssima Trindade

A Santíssima Trindade é a mais importante festa religiosa da paróquia da Batalha, envolvendo todos os seus grupos, movimentos e comunidades locais. Daí a grandiosidade que tem mantido e reforçado ao longo das décadas e que este ano voltou a cumprir-se, entre os dias 3 e 5 de Junho.

O “imperador”, cuja família assume a primeira responsabilidade pelos festejos, coroado na Missa do domingo anterior, foi o golpilheirense Luís Moreira, residente nas Brancas. A organização do arraial foi assumida por um grupo de paroquianos nascidos em 1973, prosseguindo a tradição dos anos mais recentes de envolver os “cinquentões” nesta tarefa.

No sábado, pelas 17h00, começaram a chegar ao Mosteiro as várias dezenas de ofertas e andores com os bolos “de ferradura” e o pão, tradicionais desta festividade, trazidos pelos mordomos e por grupos representativos dos vários centros de culto e localidades da paróquia. Pelas 19h30, o pároco fez a bênção das ofertas, seguindo-se o primeiro desfile pelas ruas anexas ao monumento e, depois, a Missa. À noite, abriu o arraial no recinto do Centro Paroquial, com restaurante, bar, café da avó e quermesse, com animação da Banda Kroll e, pelo início da madrugada, o DJ André A.

Fotos de Sábado

O ponto central das festas foi, como sempre, a celebração eucarística de domingo, às 11h00, seguida da procissão com o Santíssimo Sacramento na área circundante do Mosteiro. Depois, fez-se o grande cortejo das oferendas pelas ruas da vila, até ao largo do Centro Paroquial, o momento mais tradicional e apreciado pelos populares e turistas que visitam a Batalha por esta ocasião.

A célebre passagem pelo “Carvalho do Outeiro” é um dos motivos para a fama deste percurso, sendo o local onde se atiram sobre a multidão os pequenos pães benzidos que, segundo oráculos antigos, são uma preciosa arma contra a traça das roupas e outras pragas que possam afectar bens e até produtos alimentares. Reza a lenda que tal se deve à promessa dos frades dominicanos, há muitos séculos, de realizar estas festas em agradecimento a Deus por ter protegido os seus celeiros de uma moléstia que atacou a região e semeou a fome entre a população.

A arraial abriu logo após a procissão, com venda dos bolos e os habituais serviços de quermesse, bar e restaurante. A Banda Filarmónica Avelarense acompanhou a procissão e o cortejo e actuou no recinto das festas durante a tarde, tal como o Rancho Folclórico “As Lavadeiras do Vale do Lena”, do Centro Recreativo da Golpilheira. Antes da distribuição do pão pelos presentes, pelas 17h30, fez-se entrega de prémios das ofertas mais bem decoradas. O serão foi animado pelo grupo Foka Energie.

Fotos de Domingo

Na segunda-feira, foi celebrada Missa pelas intenções dos mordomos, seguindo-se arraial com sardinhada e grelhados e animação pelo duo Zé Café e Guida.

Fotos de Segunda-Feira

História e tradição

Esta é uma festa multisecular, que terá as suas origens na catequese dos frades dominicanos, os grandes responsáveis pela vida cristã do povo da Batalha e seus arredores, entre 1388 e 1834. Terão sido eles a desenvolver na região a doutrina e o culto sobre o mistério da Santíssima Trindade – Deus Pai, Filho e Espírito Santo –, cuja celebração litúrgica ocorre anualmente no oitavo domingo depois da Páscoa.

Estes festejos constituem também uma interessante manifestação religiosa popular, com a procissão de ofertas em tabuleiros decorados com os tradicionais bolos de “ferradura”.

LMF

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