(Freguesia da Golpilheira • Concelho da Batalha • Distrito de Leiria)
 
Visita Pascal na Golpilheira: celebração de fé e de comunidade

Visita Pascal na Golpilheira: celebração de fé e de comunidade

A visita pascal realizou-se na Comunidade Cristã da Golpilheira no passado dia 14 de Abril. O início foi pelas 14h00, em Bico Sachos, o final seria pelas 20h00, no Picoto. Com cerca de 20 quilómetros percorridos, foi uma tarde de alegria, de partilha de fé e de amizade, de verdadeiro acolhimento do anúncio de Cristo Ressuscitado!

O pároco, padre Armindo Ferreira, acompanhado por alguns elementos das comissões das igrejas da Golpilheira e de S. Bento, percorreu as principais rua da freguesia. Uma carrinha com a cruz e som de cânticos religiosos ia anunciando a passagem. Mas o grupo seguiu a pé, sempre que havia pessoas na beira da estrada, à porta de casa ou nas varandas, rezando com elas a bênção das famílias e dos lares que habitam. Nalguns casos, a convite ou por impossibilidade de locomoção dos residentes, o pároco entrou. Aqui a ali, alguns familiares ou vizinhos juntaram-se em grupo, o que permitiu acentuar o sentido festivo e comunitário da visita. Não faltaram algumas ofertas de um petisco ou uma bebida, o que possibilitou prolongar um pouco o convívio entre todos.

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Segundo os participantes na comitiva, “o saldo é muito positivo, pois a comunidade manifestou interesse e uma presença numerosa a aguardar esta visita pascal”. Um dos elementos da comissão comentava que “foi muito bonito encontrar tantos rostos alegres e mesmo poder confortar um pouco os que estavam mais tristes; sentimos uma verdadeira celebração da fé e foi mesmo como se Cristo Ressuscitado tivesse andado a visitar a nossa aldeias e as suas famílias, desejosas de O receberem”.

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A este propósito, partilhamos o texto que foi distribuído por ocasião da Páscoa em todas as casas da paróquia:

Somos povo de Páscoa!

O ditado é antigo e até Papas já o repetiram: “Um cristão triste é um triste cristão”!

De facto, os tempos de espera (como o Advento) e de penitência (como a Quaresma) são de forte apelo à oração, à conversão, à recordação de que o sofrimento, a morte ou o pecado fazem parte da nossa história e da nossa vida. O tempo de celebração regular da fé (Tempo Comum) é convite permanente à constância da esperança e à prática da caridade, na caminhada do dia a dia de um povo que está de passagem para a terra prometida. Mas estes tempos só fazem sentido se forem vividos na certeza de que a meta está à vista e pode já ser celebrada… na certeza de que Cristo já nos mostrou o Caminho, a Verdade e a Vida que é Ele mesmo!

Por isso, o tempo pleno do cristão é a Páscoa, tempo de alegria, de ressurreição, de vida! Essa é a principal, a verdadeira, a única festa cristã, que revivemos e celebramos em cada Eucaristia e, de modo especial, na grande Vigília Pascal!

É esse o anúncio que repetimos, a cada ano, na chamada “visita pascal”: Cristo Ressuscitado percorre as nossas ruas, entra nas nossas casas e abençoa as nossas famílias e cada um de nós. Mesmo que não entre fisicamente, Ele vem verdadeiramente ao nosso encontro e quer fazer festa connosco, onde quer que nos deixemos tocar por Ele e acolhamos o seu amor.

Sabemos que ninguém faz festa sozinho… por isso, a Páscoa de Cristo com cada um é sempre um encontro em Igreja, em comunidade que reza, celebra e vive em comunhão de sentimentos no mesmo Jesus. A visita pascal tem também esse significado de festa comunitária, ocasião de encontro e de partilha de um povo que quer manifestar publicamente a sua fé e a sua alegria.

Este é o testemunho que devemos dar uns aos outros e à sociedade em geral. Quem observa “de fora” esta tradição da Igreja poderá julgar que se trata de alguma “recolha de fundos”. Esse não é sequer um objetivo da visita pascal! No entanto, é habitual muitos aproveitarem esta ocasião para oferecer o “folar” à paróquia, um contributo para o pagamento das estruturas e o sustento dos sacerdotes que estão ao seu serviço. Aceita-se a oferta nesse sentido de partilha, de colaboração na vida pastoral que é desenvolvida ao longo do ano, de ajuda no suporte às despesas da gestão paroquial e dos investimentos necessários para a manutenção do património.

Mas – repetimos – não é para isso que serve a visita pascal. A principal partilha que queremos promover é a dos sorrisos, do amor entre irmãos, da festa que se manifesta também nas ruas e casas embelezadas de flores e verdura. Sobretudo, a festa de uma comunidade que proclama Jesus Ressuscitado e o acolhe com alegria na sua vida.

Votos de que assim seja para todos, para que nos sintamos verdadeiro povo de Páscoa!

Pároco e Conselho Pastoral Paroquial da Batalha

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