>Não podemos dizer que haja motivo para pânico ou que a situação esteja “descontrolada”, mas a verdade é uma vaga de incidentes violentos, ocorridos nos últimos dias, começa a preocupar as pessoas, sobretudo comerciantes da região.
Só para recordar, um dos casos mais graves registou-se no dia 6 deste mês, numa tentativa de assalto à mão armada à ourivesaria Coruchéu, em pleno coração da vila da Batalha. Os proprietários reagiram, conseguiram vir para a rua pedir socorro e evitaram o roubo. Não conseguiram evitar, contudo, as agressões físicas que os dois assaltantes lhes infligiram, a ponto de terem de ser assistidos no Hospital de Santo André. Não foi mais grave porque a pistola usada seria de alarme, mas uma semana depois, numa ourivesaria da Bajouca, num outro assalto do género, o proprietário acabou por falecer, vítima de agressões à faca e com armas de fogo.
Na tentativa de compreender este tipo de ocorrências e a forma de as combater, o presidente da Câmara Municipal da Batalha, António Lucas, convocou para o dia 16 uma reunião com responsáveis da Guarda Nacional Republicana da Batalha e alguns comerciantes da vila. O objectivo deste encontro, de acordo com o autarca, foi sobretudo “fazer um ponto da situação acerca da forma como o dispositivo de segurança se encontra em funcionamento na Batalha”.
Curiosamente, no mesmo dia em que decorreu esta reunião, ocorreu um assalto à mão armada num café de Santo Antão, em que três assaltantes agrediram um vendedor e fugiram na sua carrinha, carregada de tabaco no valor de 15 mil euros.
Como dissemos no início do texto, não será motivo para pânico, mas não deixa de ser preocupante. Por isso, esperamos que do encontro da autarquia com a GNR e os comerciantes possam sair algumas pistas para uma acção mais concertada de prevenção e segurança. Para já, ficou prometido um policiamento reforçado junto à zona comercial, sobretudo em dias de maior movimento na vila. Por outro lado, os comerciantes foram aconselhados e reforçar os sistemas de alarme e a prestarem atenção à prevenção.
De qualquer modo, os índices de criminalidade no nosso concelho continuam a ser dos mais baixos da região, segundos números apontados pelas forças policiais. O que não descansa completamente o presidente da autarquia, que, por diversas vezes, tem pedido o aumento dos meios humanos e materiais da GNR na Batalha, alertando para a grande circulação de não residentes que se regista diariamente na vila.