>Uma mulher que quer abortar
Não tem consciência do que está a fazer
Seu bebé dentro do ventre
Grita… mamã não quero morrer!
Não concordo com o aborto
Nem poderia concordar
Afinal tudo se cria!
O bebé que veio ao mundo muitas alegrias vai dar
Mas o nosso egoísmo fala mais alto
Outro filho nem pensar!
Vais parar à pia,
Porque não te quero aturar!
As desculpas do dinheiro e das precárias condições
São as mais usadas
Mas para o tabaco e café e outras coisas banais
Há sempre dinheiro às molhadas
Se minha filha abortasse
Não tinha agora um maravilhoso neto!
Ele só nos trouxe alegria
E anseio tê-lo sempre por perto!
Mulheres que engravidam sem querer
Nunca vades abortar!
Tudo se cria e algo se resolve
E um dia têm alguém para abraçar.
Que mais argumentos são precisos
Para dissuadir a mulher de abortar?
Se não os querem, há mais quem queira
Deixai-os para adoptar!
Há quem viva sempre em guerra
No próprio seio familiar;
Se as famílias vivem em guerra
Será difícil os filhos educar.
Mas não podemos desistir
E os filhos vamos criar
Para um dia governarem o mundo
Pela paz eles vão lutar!
Agora e cada vez mais
Vamos ter Verões muito quentes
Mas nem os 40 e tal graus
Chegam para derreter o gelo de muita gente
Para mim chega o sol de Inverno
Para muitas lágrimas brotar!
Olho para o menino Jesus e choro!
Porque as mulheres estão a perder a capacidade de amar.
Há famílias que travam violentas batalhas
Sem perder a compostura, conseguem aguentar.
Por vergonha? Por medo? Pelos filhos é mais lógico!
E olhem que são aos milhares!
Ai, alma minha! Alma minha!
Estás presa no meu egoísmo!
Ai, alma minha! Alma minha! Liberta-me!
E ajuda a incutir na humanidade um pouco de juízo!
Tomar, 01-01-2007
Helena Maria Pereira da Silva Antunes
>não falamos de juízo, mas sim de consciência, que cada um tenha a liberdade de expressar suas opiniões e experiências, somos livres e não é crime decidirmos o que fazer com o nosso corpo, como mulher, que cada um se mentalize: liberdade Humana de escolha, estamos no século XXI, que não mais ouçamos os portugueses a queixar-se do sistema do nosso país, se nem nós próprios fazemos o esforço de a mentalidade pública informar e educar! Amigos precisamos de aprender, não de os render ao banal!
>Apesar de anónimo, o que à partida nos levaria a excluí-lo, decidimos publicar este comentário. Porque levanta uma questão que queremos re-colocar: afinal o que está em causa é só o corpo da mulher? Não está lá “outro corpo” em formação? E a mulher tem direito de fazer o quiser também desse outro corpo?Fala-se aqui de liberdade. Não esquecer que a minha liberdade termina onde começa a liberdade do outro…