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Musical esgotou sessões em Leiria
Uma grande produção, com um elenco de actores, cantores e bailarinos de grande qualidade, uma orquestra ao vivo e uma divulgação de escala nacional, exige, por norma, uma deslocação a Lisboa. Mas há excepções que bem poderiam converter-se em regra, demonstrando que outras cidades do País merecem a digressão e conseguem esgotar várias exibições. Foi o que aconteceu com “Os Produtores”, trazido a Leiria pela Cherry Entretainment, que subiu ao palco do teatro José Lúcio da Silva em seis sessões, entre os passados dias 29 de Janeiro e 1 de Fevereiro, quase sempre com a lotação esgotada, num total superior a 4000 espectadores.
Actualmente em cena na capital, no Teatro Tivoli, trata-se de uma comédia musical criada por Mel Brooks em 1968, com várias adaptações mundiais, cuja versão portuguesa conta com produção de Pedro Costa e Gonçalo Castel-Branco, encenação de Cláudio Hochman, direcção musical de Nuno Feist, direcção vocal de Sara Belo, coreografia de Marco de Camilis e cenografia de Catarina Amaro. No elenco, nomes bem conhecidos, como Miguel Dias, Manuel Marques e Rita Pereira.
A história é a de um produtor falhado da Broadway e de um contabilista neurótico que se juntam para montar o pior musical da história, para darem um golpe nas “velhas” ricas financiadoras. Com o guião ridículo de “Primavera para Hitler”, o pior encenador do mercado e um lote nefasto de actores, que inclui uma sueca bombástica muito “loira”, a peça acaba por ser considerada uma crítica genial, torna-se um sucesso e… o plano dos dois produtores dá para o torto…
Se não viu… dê um pulo a Lisboa, para ver como tudo acaba. Vale a pena, pela cor e a comédia, a música e a dança, a extravagância e o brilho dos artistas, sendo certo o divertimento e a emoção próprios dos momentos inesquecíveis.
Luís Miguel Ferraz