(Freguesia da Golpilheira • Concelho da Batalha • Distrito de Leiria)
 
>Entrevista | António Lucas concorre ao quarto mandato

>Entrevista | António Lucas concorre ao quarto mandato

>PSD é o primeiro partido a definir candidato à Câmara

O actual presidente da Câmara da Batalha, António Lucas, é o primeiro candidato a apresentar-se para a corrida às próximas eleições autárquicas. A decisão foi tomada no passado dia 27 de Março, numa reunião com a Concelhia do Partido Social Democrata, alargada à participação dos eleitos locais por esta força política. Na ocasião, o autarca colocou as condições para nova candidatura como independente nas listas do PSD e auscultou a posição dos presentes, que votaram por maioria a sua recandidatura, apenas com uma abstenção.
Os restantes partidos que deverão concorrer a estas eleições ainda não definiram os nomes que encabeçarão as respectivas listas. Também em relação à Junta de Freguesia da Golpilheira, ainda não foram anunciadas candidaturas, mantendo-se a expectativa quando aos candidatos que serão apresentados.
Assim, sendo ainda o único candidato já definido, António Lucas não apresentou ainda um programa definido nem os nomes que escolherá para as listas das diversas equipas, mas assume que esta é uma aposta na continuidade do trabalho que tem desenvolvido nos últimos três mandatos. Numa entrevista exclusiva ao Jornal da Golpilheira, afirma que a sua decisão poderia ser outra, caso avançasse alguém que garantisse essa continuidade com credibilidade, mas que está preparado para levar por diante os projectos actualmente em curso e que considera vitais para o desenvolvimento do concelho. Um deles, que destaca como especial ênfase, é o das Termas das Salgadas.

Afirmou recentemente que uma recandidatura à Câmara da Batalha iria depender da “conjuntura do momento”. Como analisa a situação actual no concelho da Batalha e quais os motivos que mais pesaram na sua decisão?
O concelho infelizmente não foge à regra e existem segmentos da população que estão a sofrer fortemente com a conjuntura negativa. No entanto, temos vindo a tomar medidas, que contribuirão para atenuar os efeitos negativos da crise e temos esperança que os efeitos resultem, ou seja, que não se complique demasiado a vida aos batalhenses.
O motivo principal deveu-se principal e exclusivamente ao facto de não ter aparecido nenhuma intenção de candidatura na área politica do centro. Deixei claro que, se surgisse uma candidatura credível e que conseguisse congregar à sua volta pessoas filiadas e independentes, eu não me recandidataria. A esta posição está intimamente ligada uma ideia que passa pela manutenção de uma autarquia credível, financeiramente equilibrada e com capacidade de execução de uma série de projectos, que finalmente com o início de funcionamento do QREN, estão prontos a ser executados.

Nos últimos tempos surgiram na comunicação social alguns ecos de diferendos com a estrutura local do PSD e que só aceitaria ser candidato independente nas listas deste partido mediante a garantia de algumas condições. Quais foram as razões para este “aviso” e que condições foram acordadas para viabilizar a sua candidatura?
Os diferendos aconteceram com algumas (poucas) pessoas dessa estrutura. As pessoas têm de perceber que os partidos são veículos da democracia e devem ajudar os eleitos nas suas listas a fazerem o melhor pelos seus concelhos. Infelizmente, nem sempre assim acontece. Em reunião recente com o presidente da Concelhia, ficaram esclarecidos os pontos de alguma fricção e entendemos colocar uma pedra sobre o assunto. As condições são as mesmas de sempre: as pessoas que irão trabalhar comigo (se formos eleitos) serão filiados no PSD e independentes, da minha confiança e dos restantes membros das listas. E têm de ter apenas um objectivo: fazer o melhor que saibam e possam em prol do desenvolvimento do concelho. A partir do momento em que aconteça a eleição, têm d esquecer as cores de camisolas partidárias e pensar apenas no concelho e na sua população.

Pode adiantar já algumas ideias quanto às pessoas que irá escolher para as equipas da Vereação, Assembleia Municipal e Juntas de Freguesia?
Ainda não pensei nessa matéria, mas posso adiantar que diversas pessoas que fazem parte das actuais equipas já deram provas e têm condições para continuar, se assim o entenderem.

No caso concreto da Golpilheira, como analisa o actual momento desta Junta e como desejará ver a sua continuidade?
Eu já referi que os quatro presidentes de Junta têm feito bom trabalho e merecem a minha confiança.

Voltando ao Município, após os últimos três mandatos, sente que ainda tem o apoio da população e a motivação para continuar a oferecer “novidade” neste trabalho?
Quanto ao apoio, se não o sentisse, nunca me candidataria. Muita gente me incentivou, ao longo dos últimos meses, para me recandidatar. Que fique claro que não estou minimamente apegado ao lugar e, tal como disse antes, se tivesse aparecido uma candidatura credível, seria o primeiro a apoiar e partiria de consciência tranquila para a minha vida profissional privada. A novidade aparecerá sempre que consigamos rodear-nos de boas equipas. Uma já existe, que são os colaboradores do Município, a outra criar-se-á, convidando gente dinâmica e empenhada para as diversas equipas da Câmara, Assembleia Municipal e Juntas de Freguesia.

Como prevê que será este quarto confronto eleitoral na Batalha, tendo em conta as experiências passadas e o que espera vir a ser apresentado pelas candidaturas de outras forças políticas concelhias?
Espero que seja, como os anteriores, um combate político franco e leal e estou convicto de que é isso que acontecerá. Espero que apresentem boas ideias para o concelho.

Caso seja eleito, qual o projecto que desejaria ver concluído neste último mandato como imagem de marca da sua passagem pelo executivo e que pudesse considerar como “chave de ouro” do seu exercício?
O projecto das Termas das Salgadas. Essencialmente pelo impacto que terá ao nível do emprego e do turismo residente, com efeitos muito fortes na economia local.

Entrevista de Luís Miguel Ferraz

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