(Freguesia da Golpilheira • Concelho da Batalha • Distrito de Leiria)
 
>Margens do Lena receberam 300 novas árvores autóctones

>Margens do Lena receberam 300 novas árvores autóctones

>SIMLIS comemorou o Dia Mundial da Terra com crianças da Golpilheira

No passado dia 23 de Abril, a SIMLIS – Saneamento Integrado dos Municípios do Lis, S.A. escolheu a nossa freguesia para assinalar o Dia Mundial da Terra, numa acção conjunta com a Administração da Região Hidrográfica do Centro, I.P. (ARH Centro), a Câmara Municipal da Batalha (CMB) e a Escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico da Golpilheira.
Tínhamos anunciado na passada edição que estava em preparação uma acção ambiental junto ao rio Lena, com plantação de algumas centenas de árvores autóctones, que envolveria as crianças das escolas, as entidades autárquicas e a população em geral. Dado o prazo apertado para a execução do projecto e a ocasião desta efeméride do Dia Mundial da Terra, não houve oportunidade para organizar uma iniciativa mais alargada, que entretanto haveremos de calendarizar lá para o Outono.
Mas nem por isso deixou de ser bem participada e muito empenhada esta acção de reflorestação das margens do rio Lena, entre a Ponte de Almagra e a Canoeira, em território da freguesia da Golpilheira. As cerca de 60 crianças da nossa escola e respectivos professores não deixaram os seus créditos por mãos alheias e foram uma preciosa ajuda para os engenheiros e técnicos da SimLis, da ARH Centro e da CMB. Durante toda a manhã, percorreram cheias de alegria e entusiasmo este longo percurso junto às margens do Lena, deixando plantadas cerca de 300 novas árvores ribeirinhas, nomeadamente freixos, salgueiros e amieiros. Todas elas plantas autóctones, ou seja, nativas e próprias da nossa região e deste ambiente natural.
O objectivo desta iniciativa foi “sensibilizar para a protecção dos ecossistemas ribeirinhos, bem como promover a requalificação deste troço”, esclareceu Sandra Vieira, da SimLis, acrescentando que “com a realização de acções deste tipo visamos a conservação dos espaços fluviais, com vista à aplicação das exigências da Directiva Quadro da Água e da Lei da Água”.
Para que tudo fosse feito com o máximo rigor, a plantação contou com o acompanhamento e supervisão da ARH Centro, entidade com a qual a SimLis está a dinamizar uma parceria para mais intervenções deste género nos rios Lena e Lis. Foi precisamente a ARH que forneceu as plantas, algumas das quais provindas do projecto “Criar Bosques” da Quercus.
Até ficarem “adultas”, estas árvores ainda vão demorar alguns anos. Mas as nossas crianças dificilmente esquecerão que foram elas que as plantaram e irão, com certeza, olhá-las com um carinho muito especial. E quando também forem adultas, poderão desfrutar de uma natureza mais viçosa e saudável, esperando-se que possam então desfrutar com mais prazer do “nosso” rio, do que nós temos conseguido nos últimos anos.
Talvez alguns de nós ainda possamos também aproveitar do sucesso desta acção, quando mais velhinhos formos à beira-rio passear ou fazer uns agradáveis piqueniques. Não podemos é esquecer a nossa própria obrigação de proteger este ambiente ribeirinho e cuidar da fauna e da flora locais com mais carinho do que temos feito até agora, sobretudo depois das limpezas que têm sido feitas ultimamente e das novas árvores agora plantadas.
Ainda antes disso, tentaremos programar com as referidas entidades uma saída de campo destinada a toda a população, provavelmente em Outubro próximo, para a replantação das árvores que tenham secado e para apreciarmos no local o trabalho que está a ser feito.
Texto e fotos: Luís Miguel Ferraz
Objectivos a cumprir …
Ao longo das últimas três décadas, na região da bacia hidrográfica do rio Lis, tem-se vindo a verificar um apreciável crescimento urbanístico, como resposta ao pujante desenvolvimento e crescimento de muitas actividades económicas. A forte pressão urbana e industrial, caracterizada por uma população de cerca de 220.000 habitantes e pela existência de diversos sectores de actividades económicas, dos quais se destaca, por razões ambientais, o sector das suiniculturas, tem sido geradora de algum stress ambiental, sobretudo ao nível dos recursos hídricos e dos ecossistemas a eles associados. A prossecução e implementação de medidas e acções que permitam um adequado equilíbrio entre o desenvolvimento económico e a protecção e preservação das condições ambientais são, pois, de capital importância para o desenvolvimento sustentado da região. Neste sentido a gestão dos recursos hídricos é, actualmente, uma das principais questões, quando se fala do cumprimento da Directiva – Quadro da Água, na qual o Estado português é obrigado a atingir um bom estado ecológico das massas de água superficiais até 2015.
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