>Futsal Feminino Sénior
Fase de grupos
AD Estação – 5
CR Golpilheira – 6
O jogo que iniciava a segunda volta desta série da Taça Nacional, a analisar pelos últimos anos, não seria nada fácil. Em deslocação à Covilhã, num dia de muito calor, a nossa equipa iniciou o jogo muito bem, marcando o primeiro golo aos 23 segundos. Continuando com a mesma atitude, obtivemos mais três golos, chegando assim a uma vantagem de quatro golos. Mas a equipa da Estação não baixou ou braços e reduziu a nossa vantagem, marcando dois golos. Também a nossa equipa atacava o resultado, finalizando com sucesso mais um ataque, ao terminar a primeira parte, indo para o intervalo a vencer por cinco a dois.
No início do segundo tempo, a equipa adversária entrou com a guarda-redes avançada, uma vez que a derrota as colocaria quase fora das meias-finais. A nossa equipa demorou um pouco a acertar com o cinco adversário e consentiu dois golos. Com o jogo num ritmo bastante elevado, e com o calor que se fazia sentir no pavilhão, era evidente o desgaste das jogadoras das duas equipas. A Golpilheira, sempre que tinha a posse de bola, optou também por fazer subir a guarda-redes, para ter mais tempo a posse da mesma. Numa situação de ataque da equipa adversária, conseguimos roubar a bola a meio-campo e fazer o seis a quatro, a três minutos do final do jogo. Já com cinco faltas, a equipa de arbitragem entendeu marcar a nossa sexta falta a quarenta segundos do final do jogo, que deu origem ao resultado final de 6-5 a nosso favor. Com este resultado e com esta vitória, bastante sofrida, a nossa equipa tinha um pé na meia-final, num jogo fantástico, disputado pelas duas melhores equipas da série C, com uma moldura humana e um ambiente fantástico, para um jogo de futsal feminino. A nossa equipa foi mais forte, teve muita união e muito espírito de equipa, conseguindo assim, uma vitória importantíssima.
Teresa Jordão
CR Golpilheira– 3
Riachense – 2
O jogo disputado no dia 29 de Maio, no pavilhão da Batalha, era de vitória obrigatória para a nossa equipa, para manter as aspirações de chegar à meia-final. Mas não foi nada fácil. As nossas atletas demoraram algum tempo a concentrarem-se no jogo. Desta apatia, aproveitou a equipa forasteira para fazer o primeiro golo. Espicaçadas por esta adversidade, partimos para o ataque, conseguindo o golo do empate, por Licas. No entanto, ainda antes do intervalo, o Riachense colocou-se de novo à frente, com a obtenção do seu segundo golo. Foi com este resultado, que fomos para o intervalo.
O intervalo foi bom conselheiro para as nossas cores, uma vez que Teresa Jordão, atenta ao que não estava correcto, iria corrigir. Foi novamente a inevitável Licas a marcar o nosso segundo golo, colocando assim as equipas empatadas a duas bolas. Este ainda não era o resultado ideal. Fomos para cima do adversário e, já perto do seu final, novamente Licas marcou o nosso terceiro golo e o terceiro da sua conta pessoal. Até final, foi gerir o tempo. Com esta vitória, ficámos automaticamente apurados para as meias -finais. Foi um jogo de muita luta, onde a coragem a abnegação e o não fugir com a cara à luta, que nos deu mais uma grande vitória.
Manuel Carreira Rito
Posto Santo (Açores) – 3
CR Golpilheira– 4
O jogo disputado na cidade de Angra do Heroísmo, no dia 3 de Junho, já com a passagem às meias-finais da Taça Nacional garantida, servia apenas para cumprir calendário. Apesar disso, o único pensamento da equipa era a vitória. Assim, iniciámos o encontro com o objectivo de vencer, apesar de sabermos que a equipa adversária procurava também conseguir os primeiros pontos na competição. Com uma primeira parte onde criámos várias situações de finalização, conseguimos finalizar com sucesso três delas, chegando ao intervalo a vencer por três a zero.
No início da segunda parte, marcámos mais um golo. Estando a vencer por quatro bolas a zero, baixamos o ritmo de jogo e a equipa adversária, que nunca se deu por vencida, fez dois golos e “cresceu”, conseguindo nos últimos minutos fazer o seu terceiro golo, dispondo ainda de dois livres de dez metros para estabelecer a igualdade, mas a conversão destes não teve sucesso. A treinadora aproveitou este jogo para dar às suas jogadoras juniores mais minutos de jogo na Taça Nacional. O resultado final é justo, uma vez que a nossa equipa, criou mais situações de finalização do que a equipa adversária.
TJ
Meias-Finais
Vermoim – 8
Golpilheira – 3
Ultrapassada a fase de grupos, realizando seis jogos com outras tantas vitórias, a nossa treinadora, Teresa Jordão, tinha consciência de que a equipa que nos coube na meia-final era bastante difícil de ultrapassar. Finalista vencida na época passada, é natural que este ano queira rectificar e chegar ao título mais ambicionado do Futsal Sénior Feminino.
O primeiro jogo foi disputado em Vermoim, no dia 10 de Junho. Logo na fase de aquecimento, pudemos verificar que a equipa da casa era constituída por excelentes atletas. Iniciado o jogo, houve um pequeno estudo mútuo, em que as nossas atletas nunca mostraram medo da equipa adversária. Foi mais feliz a equipa da casa, que obteve o seu primeiro golo aos três minutos. Fomos à procura do golo e conseguimo-lo quase de seguida, numa excelente iniciativa de Inês, que roubou a bola a uma adversária, centrou, tabelando a bola numa adversária que fez auto-golo. No entanto, a equipa da casa começava a pegar no jogo e ainda antes do intervalo obteve mais dois golos.
A segunda parte foi bastante mais difícil para as nossas atletas. Apesar do forte apoio dos nossos adeptos, a equipa não conseguiu contrariar a forte equipa do Vermoim. Apoiada pelo seu numeroso e vibrante público (mais de quatrocentas pessoas), foram à procura dum resultado que lhes garantisse tranquilidade para o jogo na Batalha. A pouco a pouco foram-no conseguindo, tendo logo no primeiro minuto obtido o seu quarto golo. Irina ainda conseguiu reduzir para quatro a dois, à passagem dos cinco minutos, na marcação dum livre, fazendo a bola passar por baixo da barreira contrária. No entanto, em pouco mais de três minutos a equipa da casa marcou mais três golos, decidindo praticamente a eliminatória. Inês, com um potente remate, marcou o nosso terceiro golo. A poucos segundo do fim, o Vermoim obteve o seu oitavo golo.
Golpilheira – 3
Vermoim – 3
Perante o resultado da primeira mão, adivinhava-se uma tarefa bastante difícil ou quase impossível, no dia 13, na Batalha. Teresa Jordão e as suas atletas tinham consciência disso. Restava, na melhor das hipóteses, não perder o segundo jogo, justificando assim que o resultado do primeiro encontro tinha sido um acidente. Neste dia, o pavilhão da Batalha registou uma das maiores enchentes de que há memória. Muitos apoiantes da Golpilheira, mas também muitos de Vermoim, transportados em carros particulares e em dois autocarros.
O jogo começou com equilíbrio nos primeiros minutos. A estrelinha da sorte normalmente acompanha os campeões e foi o que aconteceu neste jogo. Depois de algumas oportunidades de golo desperdiçadas pelas nossas atletas, foi o Vermoim mais eficaz, obtendo o seu primeiro golo cerca dos cinco minutos de jogo. A Golpilheira não ficou afectada e numa excelente jogada, cerca dos sete minutos, Carolina, na cara da guarda-redes, não perdoou e fez o empate, que nesta altura se justificava plenamente. Até ao intervalo, não houve mais golos, apesar das oportunidades criadas por ambas as equipas.
Esperava-se uma segunda parte equilibrada, o que na realidade veio a acontecer. A equipa forasteira colocou-se uma vez mais na posição de vencedora, cerca dos quatro minutos. Mais uma vez, fomos à procura do empate. Carolina, descaída pelo lado esquerdo do nosso ataque, efectuou um remate cruzado, colocadíssimo, cerca dos sete minutos, não dando qualquer hipótese à guarda-redes. Passados três minutos, na transformação duma grande penalidade, Licas, não falhou, colocando-nos pela primeira vez na posição de vencedores. Podíamos ter matado o jogo, pois tivemos oportunidades para isso. No entanto, a experiente equipa adversária conseguiu obter o seu terceiro golo e empatar a partida, cerca dos dezasseis minutos. Até final do jogo, fomos a equipa mais perigosa, mas o resultado não se alterou.
Conseguimos assim rectificar o mau resultado do primeiro jogo, demonstrando que em condições normais tínhamos conseguido disputar o acesso à final taco a taco. Os nossos parabéns a todas as pessoas que tornaram possível mais este êxito do Futsal da Golpilheira, destacando aqui a treinadora Teresa Jordão, as atletas, a direcção e os massagistas, não esquecendo, claro, os extraordinários apoiantes e simpatizantes.
A título de informação, esta equipa do Vermoim, empatou a cinco golos com o Benfica, no pavilhão da Luz, no dia 19 deste mês. Levam, assim, a conquista do seu primeiro título para Vermoim. Pensamos que é possível, pois tivemos oportunidade de ver o jogo no Canal Benfica e verificámos que a equipa do Norte é bem mais forte do que a equipa do Benfica. Estiveram sempre a vencer, duas vezes pela diferença de dois golos, e poderiam ter decidido a eliminatória em casa do seu adversário.
MCR
Futsal Feminino Júnior
Perdemos a final da Taça Distrital
Golpilheira– 0
C. Estudos de Fátima – 6
O jogo da Final da Taça Distrital de Futsal Feminino Júnior, disputado no pavilhão da Martingança, no dia 5 de Junho, previa-se equilibrado, uma vez que no campeonato deste escalão tinha havido uma vitória para cada equipa. No entanto, neste jogo a equipa de Fátima foi mais forte, como demonstra o resultado, que não deixa margem para dúvidas. No final da primeira parte, já venciam por 2-0.
Houve momentos cruciais nesta partida. O mais decisivo foi a expulsão de uma atleta nossa, ainda no decorrer da primeira parte, quando o resultado já nos era desfavorável por 1-0. Após esta expulsão, e a jogar apenas contra quatro jogadoras, o CEF aproveitou esta inferioridade numérica para obter o seu segundo golo. A nossa treinadora, Teresa Jordão, bem tentou dar a volta ao jogo. Não estava nada fácil. Na segunda parte, acentuou-se ainda mais o domínio do CEF, que culminou com a obtenção de mais quatro golos.
O CEF foi um digno vencedor e a Golpilheira um digno vencido. Foi a sexta final consecutiva. O balanço é positivo, pois conseguimos vencer três e perder outras três. Infelizmente foi a segunda final que perdemos neste pavilhão. No desporto, há que saber perder e ganhar. Muitas das nossas atletas já tiveram estas duas sensações, ganhar e perder, que são bem diferentes. No entanto, portaram-se com dignidade, demonstrando ter o civismo e a educação e o exemplo de quem as dirige. Para algumas atletas foi o último ano de júnior. Embora jogando nas duas equipas (juniores e seniores), é uma “sensação” estranha terem de se despedir dum escalão que ajudaram a grandes conquistas para a nossa colectividade. Vi todas elas muito comovidas e com uma lágrima no canto do olho. Este é um sinónimo de muito amor a uma actividade desportiva que ajudaram a crescer, tanto no nosso clube, como na Associação de Futebol de Leiria, já que a grande maioria representou a selecção distrital.
Esta época não conseguimos conquistar nem taça nem campeonato. Nem sempre se pode vencer. Depois de serem penta-campeãs distritais, a equipa dos Vidais, à qual endereçamos os nossos parabéns, conseguiu arrebatar-nos o título pela primeira vez. O trabalho de Teresa Jordão, em condições difíceis, tem evoluído ao longo dos anos de dedicação a esta actividade, ao serviço do CR da Golpilheira. No entanto, houve atletas que na época passada subiram de escalão. Houve várias entradas de atletas muito jovens, que estão a aprender, a evoluir, e os frutos virão aí. Com a construção do pavilhão à vista, com certeza que com esta infra-estrutura poderemos evoluir muito mais.
Às atletas, à direcção, à treinadora, massagistas, patrocinadores, entidades oficiais que nos apoiam, pais e familiares das nossas atletas, golpilheirenses em geral e apoiantes em particular, como colaborador do nosso Jornal e presidente da nossa associação, rendo aqui a minha homenagem a toda esta equipa, que muitas alegrias nos tem dado e irá, no futuro, continuar a dar.
Manuel Carreira Rito