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Futebol entre freguesias do concelho da Batalha
Este é o segundo ano em que se realizou o torneio de futebol “São Nuno de Santa Maria”, no âmbito das festas da Batalha, organizado pelo Município da Batalha e pelas quatro Juntas de Freguesia do concelho. Decorreu no campo sintético da vila, em que a equipa da Golpilheira se sagrou campeã.
No dia 7 de Agosto realizaram-se os seguintes jogos: Golpilheira – 2 / Batalha – 1 e São Mamede – 5 / Reguengo do Fétal – 0. No dia 14 realizou-se o apuramento do terceiro e quarto lugares, entre as equipas vencidas dos primeiros jogos. O resultado final foi: Batalha – 7 / Reguengo do Fétal – 1. No dia 15 realizou-se a final, entre as equipas da Golpilheira e de São Mamede, cujo desfecho final foi o empate sem golos no final do tempo regulamentar. O jogo foi decidido nas grandes penalidades, conforme previa o regulamento do torneio, saindo vencedora a equipa da Golpilheira, por 3-1.
Golpilheira – 2 / Batalha – 1
A equipa da Golpilheira era constituída pelos jogadores da formação de Veteranos do CRGolpilheira. É uma equipa cuja média de idades rondará os quarenta anos. O nosso treinador, Paulo Rito, sabendo que não podia competir de igual por igual com a Batalha, já que esta integrava jogadores bastante mais novos, traçou uma estratégia que viria a dar resultados bastante positivos. Colocou na defesa dois centrais experientes e dois laterais com boa resistência física. Povoou muito bem o meio campo, pois é aqui que normalmente se ganham os jogos, e no ataque colocou o possante Tiago e o batalhador José Augusto. A nossa baliza era defendida pelo experiente e polivalente Cesário Santos. O objectivo era fazer circular a bola, lançando de quando em vez venenosos contra-ataques. A iniciativa de jogo pertencia à Batalha, mas raras vezes criaram perigo. Foi a Golpilheira a inaugurar o marcador, ainda na primeira parte, num bom lance de Tiago, que descaído para o lado esquerdo desferiu um potente remate, sem hipóteses para o guarda-redes contrário. Ainda antes do intervalo, podíamos ter ampliado a vantagem, mas Bruno, isolado, rematou por cima da trave. Também a Batalha podia ter empatado a partida, num bom remate cruzado de Pedro Coelho, que passou a rasar o poste. Fomos para o intervalo com a vantagem mínima, e o objectivo era segurá-la ou mesmo ampliá-la.
Competia à Batalha ir à procura do empate. Com o avanço de Arnaldo para o meio campo, a Batalha tornou-se mais perigosa. No entanto, pertenceu à nossa equipa a melhor oportunidade para marcar, tendo José Augusto, isolado, falhado o alvo. A Batalha insistia e, quando não era a nossa defesa a opor-se com valentia aos atacantes da Batalha, lá estava o corajoso e valente Cesário, com uma extraordinária exibição, a negar o golo do empate aos Batalhenses. Mas, tanto insistiram que conseguiram empatar, mercê duma grande penalidade, bastante forçada, concretizada pelo experiente Arnaldo. A vida estava difícil. A nossa equipa continuava a bater-se muito bem, com coragem e determinação, comandada pelo grande capitão Mário Costa. Num rápido contra ataque, Zeca colocou a bola por cima da defesa contrária e Tiago, sem deixar cair a bola no chão, marcou um excelente golo que nos deu a vitória e a passagem à final deste torneio.
Golpilheira– 0 / São Mamede – 0 (3-1 a.g.p.)
A final era aguardada com grande expectativa, uma vez que estávamos perante uma boa equipa, aliás a vencedora do primeiro torneio. Paulo Rito, uma vez mais, colocou uma estratégia semelhante à do jogo com a Batalha. O São Mamede tinha dois ou três jogadores muito rápidos e com uma técnica acima da média. No entanto, o futebol é um jogo de equipa e a nossa foi a que melhor se adaptou durante o jogo, muito disputado a meio campo e sem grandes oportunidades de golo na primeira parte. A nossa equipa jogou muito coesa, dificultando assim as investidas do nosso adversário. O nosso guarda-redes, na primeira parte, foi o Rui Fernandes, que devido a uma lesão foi substituído por Cesário Santos, que na primeira parte tinha jogado no ataque.
No segundo tempo, o jogo continuou muito disputado, com algumas oportunidades de golo em ambas as balizas. Até final, ninguém conseguiu marcar e cumprindo o regulamento fomos para as grandes penalidades. Cesário, por tudo aquilo que tinha feito até aqui, dava garantias para um bom desempenho. Por sorteio, foi o primeiro a ir para a baliza. O jogador adversário atirou por cima. Nós, a seguir, marcámos. Depois, Cesário defende a segunda penalidade. Nós voltámos a marcar. O jogador adversário marcou a terceira penalidade. Nós também marcámos a terceira penalidade. Se a equipa contrária não marcasse a quarta penalidade, vencíamos o torneio. Foi o que aconteceu. Cesário efectuou uma espantosa defesa, num voo não menos espectacular, garantindo assim a vitória no torneio.
Escusado será dizer que os golpilheirenses fizeram uma grande festa, na qual o alvo principal foi o Cesário Santos, o grande herói da noite. Logo a seguir ao jogo, o nosso capitão de equipa, Mário Costa, e o presidente da Junta de Freguesia da Golpilheira, Carlos Santos, foram receber o troféu do primeiro lugar, das mãos de António Lucas, presidente da Câmara Municipal da Batalha.
Parabéns a todos os intervenientes e uma vez mais… “a união faz a força”.
Manuel Carreira Rito