>Investimento de 30 milhões de euros em muito alta tensão
Apesar de todas as polémicas, das manifestações do residentes no Celeiro e dos pareceres negativos da autarquia da Batalha, a Linha de Muito Alta Tensão entre Batalha e Lavos foi concluída e entrou em funcionamento no passado dia 4 de Agosto. Podemos dizer, apesar também dos protestos de muitas outras populações por onde passa, como aconteceu nos concelhos de Leiria e Pombal.
Segundo a Rede Eléctrica Nacional (REN), esta nova linha vem assegurar “as condições necessárias ao escoamento da energia produzida nas centrais de ciclo combinado da EDP e futuramente da Iberdrola, na Figueira da Foz”, dois novos centros produtores que “obrigaram a um considerável reforço da rede nesta zona do País”.
Em comunicado à imprensa, a REN esclarece que esta obra obrigou também a ser “remodelada a subestação da Batalha, num projecto que representou um investimento superior a 30 milhões de euros”.
Lembramos que, apesar da sua construção em pouco mais de um ano, o processo de estudo da linha Batalha-Lavos iniciou-se em 2006, sendo o resultado de “três anos de contributos de variadíssimas entidades públicas, privadas, cidadãos e organizações não governamentais e teve em conta todas as condicionantes, incluindo os planos de ordenamento”, refere a REN, adiantando que a nova linha “responde ainda às principais preocupações que foram sendo colocadas nas diferentes fases do processo e mereceu parecer positivo por parte da Direcção Geral de Saúde”. Quem não está muito convencido disso é quem vive perto das linhas e da subestação.
Quanto aos efeitos reais na saúde pública, sejam prejudiciais ou inócuos, só o tempo se encarregará de os revelar.