(Freguesia da Golpilheira • Concelho da Batalha • Distrito de Leiria)
 
>163 Economia

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>Por Cristina Agostinho

Mas afinal o que é a felicidade e a Felicidade Interna Bruta?

Os investigadores definem a felicidade como a combinação de três aspectos: o grau e a frequência de sentimentos positivos; o nível médio de satisfação que o individuo reporta durante um período de tempo; e o grau de ausência de sentimentos negativos, tais como a depressão. Essa forma de definir a felicidade estabelece que a mesma deve ser um traço estável no indivíduo, e não uma momentânea flutuação. Logo, a felicidade não é meramente definida como a ausência de sentimentos negativos, mas também a presença de sentimentos positivos.

O conceito de Felicidade Interna Bruta (FIB) surgiu em 1972, através da declaração do rei do Butão: “A Felicidade Interna Bruta é mais importante do que o Produto Interno Bruto (PIB).” Esse conceito foi adoptado pelas Nações Unidas e uma série de projectos têm sido implementados visando a sua disseminação pelo mundo.

O presidente francês Sarkozy convocou, em 2008, uma comissão composta por vários prémios Nobel em Economia, entre eles Joseph Stiglitz, Amartya Sen e Daniel Kahneman, para repensar os actuais indicadores sociais e económicos. A ideia é unânime: “Não há um número único que possa ser capaz de captar algo tão complexo quanto a nossa sociedade”, resultando numa série de recomendações contendo três conjuntos de indicadores: uma reformulação do PIB; indicadores para a sustentabilidade ambiental; e indicadores para o bem-estar e a felicidade.

Mas o FIB não foi formulado para substituir o PIB, antes para complementá-lo. O FIB é baseado na premissa de que o objectivo principal de uma sociedade não deveria ser somente o crescimento económico mas a integração do desenvolvimento material, com o psicológico, o cultural e o espiritual. Assim, as nove dimensões da Felicidade Interna Bruta são: bem-estar psicológico, saúde, uso equilibrado do tempo, vitalidade comunitária, educação, cultura, ecologia, governança e padrão de vida.

Nesse sentido, o FIB é muito mais do que um indicador, porquanto envolve a mobilização social em prol do bem-estar colectivo e do desenvolvimento sustentável. Reflectir a respeito das fontes da nossa verdadeira felicidade pode ser um dos mais poderosos antídotos para a nossa actual angústia. Participar de um crescente movimento mundial em prol do progresso integrado de todos, pode dar um novo significado às nossas vidas. Como terá dito alguém: “A Felicidade é um subproduto do esforço para se fazer alguém feliz.”

Feliz Natal e Bom Ano Novo!

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