(Freguesia da Golpilheira • Concelho da Batalha • Distrito de Leiria)
 
>Torneio de Boccia com deficientes

>Torneio de Boccia com deficientes

>Grupo de alunos “100 barreiras” dinamiza projecto inclusivo

Um grupo de alunos da Área de Projecto da turma A do 12.º ano do Agrupamento de Escolas da Batalha, cujo nome é “100 Barreiras”, adoptou como lema para o seu trabalho “Dificuldades que as pessoas portadoras de deficiências físicas enfrentam no nosso concelho”.
No âmbito desse projecto, organizaram um torneio de Boccia destinado a pessoas portadoras de deficiência motora, na tarde do passado dia 23 de Fevereiro, no pavilhão desportivo da escola. Para além dos alunos do Agrupamento da Batalha, convidaram alguns outros agrupamentos e instituições, tendo participado o Agrupamento de Escolas D. Dinis, a CERCILEI de Leiria e o Pólo de Porto de Mós e Batalha da CERCILEI.
Segundo o grupo, a iniciativa surgiu por “acreditarmos que o desporto é um meio de integração para as pessoas portadoras de deficiências motoras e porque os desportos adaptados a pessoas portadoras de deficiências físicas, tais como o boccia ou o basquetebol em cadeira de rodas, têm ganho cada vez mais notoriedade na nossa sociedade”.
Participaram 36 alunos pertencentes às quatro escolas referidas, organizados por equipas de 3 jogadores, tendo ficado em primeiro lugar a equipa do Agrupamento de Escolas D. Dinis, em segundo lugar uma equipa do Pólo de Porto de Mós e Batalha da CERCILEI, e em terceiro lugar a equipa do Agrupamento de Escolas da Batalha. As equipas da CERCILEI de Leiria tiveram de sair mais cedo da actividade, devido aos horários do seu transporte.
No final, houve um convívio entre professores, pais e alunos, com um lanche incluído, e entrega de uma lembrança aos participantes.
Os alunos organizadores manifestaram o seu contentamento com o sucesso da iniciativa, salientando que “todos os lugares da plateia estiveram ocupados, o que foi um excelente sinal, tendo estado presentes, alunos, professores e funcionários das escolas”. A actividade foi assistida pela professora Isabilina Vazão (Educação Física) e pelo professor Bruno Conde (Área de Projecto; autor das fotos), contando ainda com a presença de Carlos Henriques, vereador da Câmara Municipal da Batalha, da professora Cristina Graça, coordenadora de Área de Projecto, e da professora Helena Pintor, presidente do Agrupamento de Escolas da Batalha.

Apresentação do grupo “100 barreiras”

No âmbito da área curricular não disciplinar de Área de Projecto, era necessário os alunos organizarem-se por grupos e escolherem um tema do seu agrado, que pudessem desenvolver ao longo do ano lectivo para serem avaliados.
O nosso grupo é composto por 5 elementos do 12.º ano, turma A: Ana Silvério, Cristiana Brito, Inês Fino, João Leal e Filipe Moreira. Foram escolhidos os elementos que o compõem porque é um grupo que trabalha muitas vezes em conjunto e que tem demonstrado resultados bastante satisfatórios, existindo, também, uma boa relação de amizade entre os mesmos.

Escolha do tema
Após alguma discussão para encontrar um tema que agradasse a todos os elementos do grupo, decidimo-nos pelo tema: “Dificuldades que as pessoas portadoras de deficiências físicas enfrentam no nosso concelho”.
O nosso projecto baseia-se neste tema, pois pareceu-nos ser um tema actual e importante para alertar as entidades públicas e a comunidade local acerca da falta de estruturas e da consequente necessidade de meios que possibilitem às pessoas portadoras de deficiências físicas terem acessibilidade aos locais públicos e de lazer.
Na vila da Batalha, estes aspectos têm merecido alguma atenção por parte da autarquia e as condições de acessibilidade necessárias para ultrapassar estas dificuldades têm sido implementadas, essencialmente nos locais de contacto público.
Para além do que se tem feito ainda existem locais que são inacessíveis para estas pessoas, como por exemplo:
a) espaços de lazer em que o piso não se adequa a cadeiras de rodas;
b) bebedouros e caixas multibanco, que são demasiado altos;
c) passadeiras, que não têm as condições indicadas para invisuais.
Haverá, no entanto, muitas outras situações, que mais tarde, no decorrer do nosso projecto, irão merecer a nossa atenção e o nosso devido alerta.
É exactamente devido a esses locais inacessíveis, à discriminação que estas pessoas sofrem diariamente, à dificuldade que as pessoas portadoras de deficiência física têm em ser autónomas e para dar valor à coragem e determinação destas mesmas pessoas, que decidimos escolher este tema, e que pretendemos que o mesmo tenha interesse para ser avaliado pelos seus alertas e informações.

Escolha do nome do grupo
Por indicação do professor, era necessário escolher um nome que identificasse o nosso grupo e que estivesse relacionado com o nosso tema. Decidimos, então, o nome do nosso grupo: “100 Barreiras”.
Optámos por “100 barreiras”, porque o número 100 do nosso nome relaciona-se com o elevado número de obstáculos que as pessoas portadoras de deficiências físicas enfrentam no seu dia-a-dia. Contudo, estes problemas podem ser ultrapassados, ou pelo menos melhorados, derivando daí o número 100 (cem), o qual é homófono da palavra “sem”, que apela para a ausência desses mesmos obstáculos.

Escolha do logótipo
Elaborámos um logótipo relacionado com o tema e que irá identificar-nos ao longo deste ano lectivo, bem como um lema para o nosso projecto.
O nosso logótipo é composto pelo nome do nosso grupo, “100 Barreiras”, pelo nosso lema, “Ser deficiente NÃO é ser diferente!”, e por uma representação do símbolo internacional da acessibilidade.

O grupo “100 Barreiras”

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