(Freguesia da Golpilheira • Concelho da Batalha • Distrito de Leiria)
 
Festas trouxeram milhares à Batalha

Festas trouxeram milhares à Batalha

Multidões calorosas em noites frias

As festas de Agosto na Batalha foram marcadas, uma vez mais, pelas multidões. O concerto de abertura deu o mote, na sexta-feira dia 12, com o recinto cheio para ver os GNR a todo o gás. A comemorar 30 anos de carreira, a banda de Rui Reininho mostrou por que continua a ser um projecto de sucesso, oferecendo ao público um concerto poderoso e muito comunicativo, a viajar desde os clássicos que todos sabem de cor até às novidades do último disco “Voos Domésticos”. Um rock maduro, sofisticado, temperado com a doçura da pronúncia do Norte.

As noites estavam frescas e a chuva miudinha quis também comparecer às festas da vila heróica, bem notada na noite de sábado. Ainda assim, o público não arredou pé durante a magnífica noite de folclore internacional organizada pelo Rosas do Lena. Sons, cores e coreografias tradicionais continuam a atrair muitas pessoas a esta gala, já na sua 26.ª edição, este ano com grupos da Polónia, Roménia e México, para além nacionais de Paranhos da Beira e de Parada de Gatim.
Muitas centenas apreciaram a diversidade destes agrupamentos e ficaram para além da meia-noite, para receber os Virgem Suta, banda de Beja constituída por Nuno Figueiredo e Jorge Benvinda. Quem ficou assistiu a uma das agradáveis surpresas do cartaz, num concerto bem-humorado e com uma energia contagiante. Sempre em língua portuguesa – o que nos nossos tempos deve ser elogiado – com um pop/rock cheio de referências da música tradicional muito bem assumidas e transformadas, Virgem Suta é um claro exemplo da qualidade dos novos talentos nacionais.
No domingo, mais dois projectos em língua portuguesa voltaram a receber um banho de multidão. Os Anakim estiveram divertidos, com uma sonoridade folk e popular a contagiar o público, num concerto que só surpreendeu quem ainda não os conhecia. Já o projecto Deolinda quebrou um pouco a onda de euforia que estava instalada, talvez prejudicada pelo facto de ser muito conhecida por duas ou três músicas que não correspondem ao seu registo mais característico. Esse anda mais pelas misturas da canção de Lisboa com o fado e as construções acústicas preparadas para a voz melodiosa de Ana Bacalhau. Será mais apetecível noutro tipo de ambiente, numa sala de concertos, o que acabou por levar muitos a regressar a casa antes do final da noite.
Mais português e mais popular do que José Cid era difícil, para a noite de encerramento dos festejos. O músico que faz questão de lembrar os seus 70 anos de idade mostra em palco uma juventude e uma energia que nega essa longevidade. Ao piano ou aos saltos pelo palco, José Cid percorreu os “hinos” de todos os tempos, cantados a plenos pulmões pela multidão composta de fãs dos 8 aos 80 anos. Uma verdadeira festa, mesmo quando o músico apresentou alguns temas ainda desconhecidos do álbum que está prestes a editar. Foi uma excelente aposta para o fecho do programa.
Este “cartaz de luxo” em tempos de crise só foi possível “graças ao financiamento da iniciativa no âmbito do QREN, garantiu António Lucas, presidente da Câmara Municipal: “sem isso, em anos vindouros, só teremos como alternativa encontrar formas de financiamento com sejam as entradas pagas no recinto”.
No geral, o saldo das festas é positivo em termos de popularidade. Não só nos concertos, mas nas diversas actividades lúdicas, culturais e desportivas, bem como em mais uma Mostra das Actividades Económicas do Concelho e nas tasquinhas de restauração dinamizadas por algumas associações concelhias.
Luís Miguel Ferraz

Livros, municipalismo e zona desportiva inaugurada

Sessão com o secretário de Estado
No feriado concelhio, 14 de Agosto, decorreram durante a manhã as habituais cerimónias civis e militares na Capela do Fundador, no Mosteiro. E, à tarde, a também usual sessão solene, que começou pela apresentação de mais duas edições com o apoio do Município: “Portal de Santa Maria da Vitória e a Arte Europeia do seu Tempo – Circulação dos Artistas e das Formas na Europa Gótica”, da autoria de Jean-Marie Guillouët, com apresentação de Saul António Gomes; e “José Batista de Matos: Uma Vida de Militância Cívica e Cultural”, uma autobiografia, apresentada por Moisés Espírito Santo. (Ver resumo na pág. 20)
Este ano, a sessão contou com a presença de Paulo Júlio, secretário de Estado da Administração Local e da Reforma Administrativa. António Lucas, presidente da autarquia, aproveitou para pedir especial atenção à reforma administrativa em curso e a alteração da lei das finanças locais, que deverá “ser bem feita e bem explicada aos portugueses, atingindo o objectivo de reduzir custos, mas sem esquecer a solidariedade”.  “Deve tratar-se de forma diferente o que é diferente”, alertou o autarca, referindo que “deverá rever-se a forma de financiamento dos municípios, dado que o paradigma da construção civil já não funciona”. Pedindo a “redução de taxas que recaem sobre os municípios e a desburocratização dos processos administrativos”, António Lucas não deixou de dar o testemunho dos bons exemplos como a Batalha, que “cresceu mais do dobro da média nacional no último censo e tem apostado sobretudo nas áreas da cultura e do apoio social”.
O secretário de Estado afirmou conhecer o “empreendedorismo de base local” que destaca a Batalha pela positiva, um “município que sabe trabalhar em rede e tem uma liderança de excelência”. Quanto aos novos desafios para o poder local, Paulo Júlio afirmou que “é tempo de passar do diagnóstico à implementação, com um modo diferente de fazer e uma nova abordagem”. Defendendo o “controlo absoluto do endividamento autárquico”, o governante apontou “a inovação e o trabalho em escala inter-municipal” como vias para o “crescimento sustentado” das comunidades locais e meio de “potenciar o municipalismo”. E não perdeu a confiança no futuro, como demonstrou na conclusão do seu discurso: “Portugal tende a agigantar-se nos momentos de crise, assim saibamos todos envolver-nos num desígnio comum”.
No final do encontro, as cerca de uma centena de pessoas presentes foram convidadas a uma vista pedonal à zona desportiva da vila, solenemente inaugurada neste dia pelo secretário de Estado e o presidente do Município.
LMF

Futebol masculino e feminino nas festas da Batalha

Torneios “S. Nuno de Santa Maria”
Integrados nos festejos da Batalha, decorreram nos dias 6, 13 e 14 de Agosto, no complexo desportivo António Gomes Vieira, na Batalha, o III Torneio S. Nuno de Santa Maria de Futebol de 11 e o I Torneio de Futebol de Cinco Feminino.
As equipas participantes representaram as freguesias do concelho, tendo faltado apenas o Reguengo do Fetal, tanto no sector masculino, como no feminino, por razões que desconhecemos. Assim, no Futebol de 11 participaram apenas três equipas, mas, no futebol feminino participaram quatro equipas, já que a AR Amarense foi convidada a ser a quarta formação.
Vencedora do torneio masculino do ano passado, a equipa representativa da Freguesia da Golpilheira tinha a ambição de repetir a proeza, até porque passou à final, sem disputar qualquer jogo. No outro encontro, a equipa de São Mamede levou a melhor sobre a sua congénere da Batalha, por 2-1, apurando-se assim para a final. A final foi disputada entre as equipas da Golpilheira e de S. Mamede. Venceu com justiça a equipa serrana, nas grandes penalidades, por 5-3, já que no final do tempo regulamentar encontravam-se empatadas a uma bola. Marcou primeiro a equipa da Golpilheira, mas o São Mamede, com todo o merecimento, empatou. O encontro foi bem disputado, com uma ligeira supremacia do S. Mamede, pois o seu meio campo e ataque funcionaram muito bem, suportados por um guarda-redes muito seguro, que foi decisivo no desempate nas grandes penalidades.
No sector feminino, a Golpilheira foi a vencedora. No primeiro jogo, a nossa equipa venceu a AR Amarense por 5-2. No jogo de apuramento da outra finalista, a equipa da Batalha venceu a de São Mamede por 7-1. No apuramento para os terceiro e quarto lugares, a equipa da Amarense venceu a de São Mamede por 6-0. Na final, a equipa da Golpilheira venceu a Batalha, também por 6-0. Marcaram Carolina Silva e Sandrita, por duas vezes cada, e Jéssica Pedreiras, na primeira parte. No segundo tempo, Sandrita voltou a marcar um excelente golo, mercê dum bonito gesto técnico. Nunca esteve em causa a supremacia da Golpilheira, que dominou o jogo e não marcou mais golos porque desacelerou o seu ritmo, na segunda metade
Os troféus foram distribuídos após a realização da final de Futebol de 11. Parabéns à organização.
Manuel Carreira Rito

Passaporte Cultural da Batalha

Promover e estimular o turismo no Concelho é o objectivo do Passaporte Cultural da Batalha, apresentado na sessão solene do Dia do Município.
Trata-se de um documento que visa estimular o acesso a vários monumentos e locais culturais, vendendo o conceito de circuito cultural. Idêntico a um passaporte, no documento consta um mapa com os vários locais a visitar e consoantes as visitas dos portadores vai sendo carimbado. Quando estiver preenchido, é oferecido ao portador do passaporte um brinde. Todo o documento está disponível em Português, Inglês e Espanhol.
São parceiros do Passaporte Cultural: Mosteiro de Santa Maria da Vitória; CIBA – Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota (Edifício das Posições 1 e 2); Museu da Comunidade Concelhia da Batalha; Grutas da Moeda / Centro de Interpretação Científico-Ambiental; Museu Etnográfico da Alta Estremadura – Casa da Madalena; EcoParque Sensorial da Pia do Urso.
Tem um custo simbólico de 1 euro.
 

Mais de 600 visitantes no Museu

O Museu da Comunidade Concelhia da Batalha também se associou às festas de Agosto, proporcionando entradas gratuitas e visitas guiadas durante o Feriado Municipal. E houve muita gente que aproveitou essa oportunidade, conforme testemunham os registos de entrada de 624 visitantes só nesse dia 14 de Agosto, “número que muito orgulha toda a equipa que colaborou neste projecto e toda a comunidade batalhense”.

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