(Freguesia da Golpilheira • Concelho da Batalha • Distrito de Leiria)
 
Adolescentes do 10.º ano da Comunidade Cristã da Golpilheira celebraram o Crisma

Adolescentes do 10.º ano da Comunidade Cristã da Golpilheira celebraram o Crisma

O grupo de 24 adolescentes do centro de catequese da Comunidade Cristã da Golpilheira fez o Crisma, na tarde do passado dia 8 de Novembro, no Mosteiro da Batalha. A presidir à celebração esteve o bispo emérito de Beja, D. António Vitalino Dantas, em substituição do bispo diocesano, cardeal D. António Marto, que não pôde assumir a presidência por estar hospitalizado. Com o grupo da Golpilheira celebraram também o Crisma 15 adolescentes da paróquia do Reguengo do Fetal.

Devido às contingências provocadas pelas medidas de controlo da pandemia, a acompanhar os adolescentes neste culminar da caminhada catequética apenas puderam estar os pais e os respectivos padrinhos, mas nem por isso a celebração deixou de ser cheia de significado, também devido ao empenho e contributo de todos os adolescentes, que participaram activamente na celebração.

Apesar das circunstâncias, no final, o sentimento geral entre os adolescentes era de alegria por confirmarem a sua fé [ver abaixo].

“Senti-me feliz e concretizada por ter as pessoas que mais amo ao meu lado, neste dia tão especial e ao longo de todo o caminho que fiz para encontrar a minha fé”, expressou Inês Frazão, do grupo de catequese da Golpilheira ao JG.

“Hoje, começou uma nova fase na minha vida com a Confirmação da minha fé cristã. Durante a celebração, estive ansiosa, emocionada, mas sobretudo feliz por ter assumido este compromisso”, assumiu Aurora Gomes, que encara este momento como um marco para um “novo capítulo da vida”.

Para os catequistas Andreia Lagoa e Diogo Alves, que acompanharam o grupo ao longo dos dois últimos anos da sua caminhada, a celebração, já por si importante, teve um simbolismo mais especial.

“Esta afirmação de fé ganhou um significado mais intenso, neste tempo em que nos vemos privados da comunhão que desejamos e de ser Igreja em plenitude”, consideraram os dois catequistas da Golpilheira, no final da celebração, cheios de orgulho pelo entusiasmo e energia do grupo que acompanharam.

“O compromisso que hoje eles firmaram só foi possível devido aos muitos contributos que receberam: em primeiro lugar da família, que é a primeira escola de fé, e, depois, de todos os catequistas que os acompanharam ao longo dos 10 anos de catequese. Todos eles, embora ausentes, estiveram presentes nesta celebração”, lembraram.

O grupo numa sessão de catequese no ano passado

O bispo diocesano, cardeal D. António Marto, que não pôde estar presente por, na altura, estar hospitalizado, foi lembrado pelos crismados, num agradecimento emocionado, que foi lido por uma adolescente da Golpilheira, no final da celebração, mensagem à qual o bispo de Leiria-Fátima já respondeu com igual emoção [ver abaixo]. Com a mensagem, foi também um cabaz com produtos alimentares da região, contributo dos pais dos crismados.

O grupo de 24 catequizandos do centro de catequese da Comunidade Cristã da Golpilheira incluía adolescentes provenientes não só da Golpilheira, mas também de vários lugares da paróquia, que foram integrando o grupo ao longo do percurso catequético.

“Foi muito enriquecedor poder acompanhar estes adolescentes nestes dois anos, sobretudo pela coesão, alegria e amizade a que assistimos, que foram cultivando em cada sessão”, disseram os catequistas Andreia e Diogo.

O grupo de 24 adolescentes concluiu o 10.º ano durante o ano pastoral anterior, mas, devido às restrições geradas pela pandemia, apenas pôde fazer a Confirmação no passado mês.

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Felicidade e gratidão, no culminar da caminhada de catequese

“Foi um dia de muita emoção e que nunca esquecerei! Com esta situação que todos vivemos, obviamente que a mistura de sentimentos ainda foi maior, principalmente por não poderem estar presentes todos aqueles que eu gostava. Apesar disso, a felicidade e também o nervosismo foram imensos, não só por estar a entrar numa nova fase da minha vida cristã, mas também por estar a dar a minha confirmação para algo que me acompanhará ao longo de toda a vida. Poder fazê-lo deixou-me muito feliz.” – Mariana Nazário

“Desde o início da catequese que esperava por este dia do Crisma, um sacramento que nos dá maior responsabilidade. Naquele momento, estava muito nervosa e feliz, pois sabia que, a partir daquele momento, era eu que decidia como iria continuar o meu caminho com Deus. O dia de hoje fez-nos perceber que, neste percurso, Deus esteve sempre lá connosco, em cada catequese, em cada trabalho, em cada oração, esteve lá sempre connosco, numa evolução de que nem sempre nos demos conta.” – Carina Almeida

“Este dia do Crisma foi o culminar de uma das grandes etapas da minha vida, que me fez crescer como pessoa e para as pessoas. Inseri-me por completo na vida em Deus e sinto que Deus está na minha vida. Foi um grande passo de fé! Encontrei em Deus as forças que todos precisamos para seguir uma vida alegre, fazendo iluminar o meu percurso cada vez mais e a vida dos que me rodeiam!” – André Tavares

“Na celebração, senti um misto de emoções… Estava feliz por ter concluído esta etapa tão importante na minha vida e que me fez sentir ainda mais próxima de Deus, mas triste por estes 10 anos de catequese terem passado a correr e não poder voltar a ter mais sessões de catequese, onde aprendi e evolui como pessoa. O tempo passa rápido! Estou bastante grata.” – Joana Nogueira

“Após dez anos de catequese, este último foi o ano em que me surgiram mais dúvidas. Com o tempo, fui percebendo e os meus catequistas também me mostraram o lado bom de ser cristã. No final da celebração de hoje, senti-me realizada por ter cumprido uma etapa da minha vida cristã e de também finalmente poder ser madrinha, que era algo que eu já queria ser há algum tempo.” – Beatriz Pinto

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Adolescentes enviam mensagem emocionada ao Bispo diocesano, que não pôde estar presente

Querido D. António Marto,

Quando o senhor veio para a nossa Diocese não tinham passado mais de dois anos do nosso nascimento. Somos, por isso, das primeiras gerações de “amiguitos e amiguitas” a quem o senhor tão carinhosamente envia uma mensagem particular, em cada homilia, em cada celebração, em cada encontro.

Este seu gesto simples, de ir ao encontro dos mais pequenos, fez-nos crescer com a certeza de que somos importantes e que também fazemos parte desta Igreja que, com o exemplo de Jesus, quer fazer do mundo um lugar cada vez mais fraterno. É esta missão de amor que hoje confirmamos, com a ajuda do Espírito Santo.

Disse Jesus, segundo o Evangelho de São Mateus: “Quem se tornar humilde como este menino será o maior no reino dos céus”.

Meninos que fomos, agradecemos hoje ao nosso amigo Bispo a humildade do seu exemplo, a coragem do seu governo e a alegria das suas palavras, que foram alimento para o nosso caminho de fé. Num gesto de gratidão, queremos oferecer-lhe este cesto com o que de bom se faz nas nossas comunidades. Contudo, a melhor oferta vai em cada um de nós, “amiguitos e amiguitas” do D. António Marto, que crescemos à luz de um pastor que, nos gestos simples, nos ensinou a simplicidade do amor de Deus.

Obrigados, amigo Bispo.

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Bispo diocesano responde:

Aos jovens crismados na Batalha no passado dia 8 agradeço do coração a mensagem tão amiga e comovente que me enviaram. Não vos esqueço na oração. Um abraço para todos vocês do vosso amigo bispo.

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