(Freguesia da Golpilheira • Concelho da Batalha • Distrito de Leiria)
 
São José e o Dia do Pai

São José e o Dia do Pai

Para assinalar este “Dia do Pai”, publicamos aqui o artigo que saiu na edição de Janeiro/Fevereiro do Jornal da Golpilheira na nova rubrica “Palavra do Pároco”:


P. Armindo Castelão Ferreira
Pároco da Batalha e do Reguengo do Fetal
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Se Deus quiser, no dia 19 de Março iremos celebrar o Dia do Pai. É o dia de São José, pai do Menino Jesus.
Este ano, a celebração tem algo de especial. Por proposta do Papa Francisco, desde o dia 8 de Dezembro do ano passado até ao dia 8 de Dezembro deste ano, celebramos o ano de São José.
Porquê esta celebração? Em 8 de Dezembro de 1870, o Papa Beato Pio IX declarou São José como “Padroeiro da Igreja Católica”.
Gostaria que neste ano o dia 19 de Março, Dia do Pai, fosse especial para São José. O que é que o poderia tornar especial?
Os filhos dão prendas aos seus pais. E se os pais dessem uma grande prenda ao pai do Menino Jesus?!
Vós, que sois pais, qual a melhor prenda que os vossos filhos vos poderiam dar?!
Eu não sou pai, mas, se o fosse, o que mais me alegraria o coração seria ouvir do meu filho: “tal pai, tal filho”.
Não será essa também a melhor prenda que vós, pais de cá da terra, podereis dar ao pai do Menino Jesus, nos 150 anos desta sua missão de padroeiro universal da Igreja?
O que é que ele tem que seja de imitar? O Papa Francisco, na Carta Apostólica Patris Corde, apresenta-nos sete pontos da vida de São José:

Pai amado
“A grandeza de São José consiste no facto de ter sido o esposo de Maria e o pai de Jesus. Como tal, afirma São João Crisóstomo, «colocou-se inteiramente ao serviço do plano salvífico»”.

Pai na ternura
“Dia após dia, José via Jesus crescer «em sabedoria, em estatura e em graça, diante de Deus e dos homens» (Lc 2, 52). Como o Senhor fez com Israel, assim ele ensinou Jesus a andar, segurando-O pela mão: era para Ele como o pai que levanta o filho contra o seu rosto, inclinava-se para Ele a fim de Lhe dar de comer”.

Pai na obediência
“José sente uma angústia imensa com a gravidez incompreensível de Maria: mas não quer «difamá-la», e decide «deixá-la secretamente» (Mt 1, 19). Diante da revelação do anjo: «Despertando do sono, José fez como lhe ordenou o anjo» (Mt 1, 24). Com a obediência, superou o seu drama e salvou Maria”.

Pai no acolhimento
“José acolhe Maria, sem colocar condições prévias. Confia nas palavras do anjo. «A nobreza do seu coração fá-lo subordinar à caridade aquilo que aprendera com a lei; e hoje, neste mundo onde é patente a violência psicológica, verbal e física contra a mulher, José apresenta-se como figura de homem respeitoso, delicado que, mesmo não dispondo de todas as informações, se decide pela honra, dignidade e vida de Maria»”.

Pai com coragem criativa
“Deus intervém por meio de acontecimentos e pessoas: José é o homem por meio de quem Deus cuida dos primórdios da história da redenção; é o verdadeiro «milagre», pelo qual Deus salva o Menino e sua mãe. O Céu intervém, confiando na coragem criativa deste homem que, tendo chegado a Belém e não encontrando alojamento onde Maria possa dar à luz, arranja um estábulo e prepara-o de modo a tornar-se o lugar mais acolhedor possível para o Filho de Deus, que vem ao mundo (cf. Lc 2, 6-7). Face ao perigo iminente de Herodes, que quer matar o Menino, de novo em sonhos José é alertado para O defender e, no coração da noite, organiza a fuga para o Egipto (cf. Mt 2, 13-14)”.

Pai trabalhador
“Um aspecto que caracteriza São José é a sua relação com o trabalho. São José era um carpinteiro que trabalhou honestamente para garantir o sustento da sua família. Com ele, Jesus aprendeu o valor, a dignidade e a alegria do que significa comer o pão fruto do próprio trabalho”

Pai na sombra
“O escritor polaco Jan Dobraczyński, no seu livro ‘A Sombra do Pai’, narrou a vida de São José em forma de romance. Com a sugestiva imagem da sombra, apresenta a figura de José, que é, para Jesus, a sombra na terra do Pai celeste: guarda-O, protege-O, segue os seus passos sem nunca se afastar d’Ele”.

Oração

Se imitar José é ser para ele “fonte de alegria”, pedir a sua intercessão é sinal de confiança. Como o Papa Francisco, confiemos a São José os nossos maiores problemas e dificuldades:

Glorioso Patriarca São José,
cujo poder consegue tornar possíveis as coisas impossíveis,
vinde em minha ajuda nestes momentos de angústia e dificuldade.
Tomai sob a vossa protecção
as situações tão graves e difíceis que Vos confio,
para que obtenham uma solução feliz.
Meu amado Pai, toda a minha confiança está colocada em Vós.
Que não se diga que eu Vos invoquei em vão,
e dado que tudo podeis junto de Jesus e Maria,
mostrai-me que a vossa bondade é tão grande como o vosso poder.
Ámen.


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