(Freguesia da Golpilheira • Concelho da Batalha • Distrito de Leiria)
 
>Folclore de todo o mundo em Fátima

>Folclore de todo o mundo em Fátima

>Grande Peregrinação Internacional

No dia 29 de Abril, o Santuário de Fátima acolheu a primeira Peregrinação Internacional de Grupos Folclóricos, com a participação de 119 ranchos portugueses e representações de 35 países do mundo. A Eucaristia dominical foi presidida por D. Serafim Ferreira e Silva, Bispo Emérito de Leiria-Fátima, que falou dos valores da alegria e da tradição que representam estes agrupamentos folclóricos e do sentimento religioso que a eles está associado, pois representam também a fé cristã que tem raízes bem fundas na cultura dos nossos antepassados. A animação musical foi assegurada por um coro formado por elementos de dezasseis grupos de folclore da Alta Estremadura e, em dois momentos da celebração, contou com a participação especial do grupo “Os Camponeses de Pias”, do Baixo Alentejo.
Como é hábito, o rancho “As Lavadeiras do Vale do Lena” do Centro Recreativo da Golpilheira também marcou presença, com a maioria dos seus elementos a participarem na celebração, devidamente trajados, e alguns a fazerem parte, inclusive, do grupo coral.

Congresso Mundial
Esta peregrinação foi o ponto alto e de encerramento do Congresso Mundial de Folclore, que decorreu em Espinho, de 25 a 29 de Abril, organizado pela Federação do Folclore Português (FFP) e a União Internacional das Federações de Grupos Folclóricos (IGF). Subordinado ao tema “Homens e mulheres dos grupos de folclore unem esforços, cruzam olhares no entendimento, na defesa e na preservação da identidade dos povos do Mundo”, neste encontro estiveram representados diversos grupos nacionais e delegações das federações de Albânia, Bulgária, Chipre, Croácia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Israel, Itália, Letónia, República Checa, Roménia, Rússia, Sérvia e Suiça.
A sessão de abertura foi marcada, sobretudo, pelas críticas ao pouco apoio do Governo ao folclore nacional. O tópico foi dado pelo presidente da autarquia anfitriã, José Mota, que acusou os governos de olhar o folclore “com olhos vesgos”, quando este é “um dos principais sectores culturais do País, onde movimenta, de forma directa, cerca de meio milhão de pessoas, e arrasta milhares de outras”. Fernando Ferreira, presidente da FFP, disse mesmo estar “magoado com a ausência de representantes do Governo e, sobretudo, do Ministério da Cultura”, apontando o exemplo da presença do próprio ministro da Cultura na representação da Rússia.
Na mesma linha, o presidente da IGF, o italiano Lillo Alessandro, lamentou essa falta de atenção para com o folclore, “um movimento que consegue afastar tantos jovens do mundo da droga e da delinquência, e que só por isso merecia outro apoio”.
Luís Miguel Ferraz

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