(Freguesia da Golpilheira • Concelho da Batalha • Distrito de Leiria)
 
>Não é folclore tudo o que de folclore se diz

>Não é folclore tudo o que de folclore se diz

>CONVERSAS… para uma Cultura da Tradição

Os grupos ditos de folclore como que brotam de cada esquina, mas o grave é que nem todos fazem jus a tal designação. Porque de folclore são todos (e apenas) aqueles que constituem um “museu” das suas tradições, que assentam a sua representação num cuidado trabalho de pesquisa.
Certo que um grupo é sempre um sinal, mais pelo que representa no campo do associativismo, mas um grupo de folclore é muito mais, é um defensor da nossa identidade, é um promotor do conhecimento. E se até podemos aceitar que todos sejam cultura, há no entanto que separar as águas.
Há por vezes muita confusão quanto à definição de folclore, mas os dicionários são claros e a UNESCO também o definiu. E para alguns estudiosos que, em Novembro de 2001, se reuniram em Santarém, precisamente para uma análise e clarificação do termo, FOLCLORE deve “ser entendido como expressão da cultura tradicional, entendendo-se como tradicional comportamentos, usos, vivências e valores que qualquer grupo social, relevante culturalmente, utilizou durante o tempo suficiente para impor a marca local, independentemente da sua origem e natureza”.
É evidente que os que ali estiverem nesse dia não deram, nem podiam dar, outro conteúdo ao termo Folclore, antes, procuraram uma redacção simples, compreensível às gentes simples, que em grande parte dão vida e alma ao mesmo.
Entretanto, é lamentável que em Portugal não haja uma Cultura da Tradição, pois, de outro modo, não veríamos gente ilustre e mesmo dos grandes órgãos da comunicação social considerarem “folclore” como sinónimo de coisa de somenos, de coisa sem importância. Mas isso acontece, não obstante a Sociedade de Língua Portuguesa considerar que tal só se admite a um analfabeto, ou pessoas de pouca cultura!
Com todo o respeito, mas se a Língua é a Nossa Pátria…
Lino Mendes

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