>Autor: Manuel Parrinha
Edição: Folheto
“Só poderemos dar sentido ao sentir, enquanto estrutura do pensamento, através da sua representação mental… nesse lugar aparece representado o sentimento. O sentimento é a chave do caminho para um pensamento identitário interactivo, criativo, operativo, transformador e diferenciado. Só o sentimento possibilita a engramação do afecto de prazer em sintonia empática com a representação de completude. A formação desta malha psíquica, integra a mobilização do prazer para uma expressão de globalidade e para uma maneira particular de sentir e viver a alegria da existência.
E o que nos têm dito e incutido para fazer ao sentir, à globalidade e à alegria de viver, tanto na família quanto no social? Talvez o mesmo que nos têm dito para fazer ao afecto!
Ignorando, bloqueando e castrando o sentir, ficam sem referência e soltos os sentimentos, não se tornando possível formar uma rede de continentação psíquica. A indiferenciação tem o espaço aberto, tal como se consolida uma cultura de ausência, perda e fragmentação psíquicas. (…)
O nós… este nós que se abre pela representação mental do que se sente e do que sem deseja compreender, agir e pensar, não só é a conjugação perfeita do social, como também, é a estrutura que possibilita a continuidade e o aprofundamento da maturação, da identidade e do crescimento.
No eu estou só eu… no tu só estás tu… no ele, ele está só… no vós estão perto alguns outros e… no eles estão todos menos eu. Só no nós estamos todos!!!
(Capa da obra)