(Freguesia da Golpilheira • Concelho da Batalha • Distrito de Leiria)
 
170 – Vinha

170 – Vinha

Por José Jordão Cruz | Eng. Técnico Agrário

Vindimas
Como estamos neste mês de Agosto, um mês especial para os viticultores, que se preparam para as colheitas da maior parte das castas de que vos tenho falado, vou abordar esse assunto.
Como tem sido um ano atípico no que diz respeito à inconstância climatérica, há casos em que as produções vitícolas de determinadas castas estão irremediavelmente perdidas, mas há outras muito boas. O ataque de míldios e oídios, nalguns casos, é de dor, mas noutros estas doenças nunca tiveram sorte para se desenvolver, pois os tratamentos fitossanitários preventivos foram feitos atempadamente. Salvaram-se assim algumas produções, que são boas e excepcionais nalguns casos.
Assim, as vindimas já começaram no dia 1 de Agosto, por exemplo, na Adega Cooperativa do Redondo, no coração alentejano. Começaram por colher algumas brancas, como o Chardonnay. O grau é bom, nalguns casos, noutros nem tanto. Mas como os enólogos acham que se deve começar a vindimar nesta altura, para apresentar um néctar (vinho) com determinadas características. Por isso, se neste momento não for atingido o grau estabelecido para a zona e para a casta, a adega paga pelo grau estabelecido, não prejudicando a agricultor nesta altura em que estão a vindimar.
Como neste mundo cada vez mais globalizado o consumidor tem primazia, a ciência tem de estar atenta às tendências de mercado. Logo, a agricultura e, no caso da nossa área de trabalho, a produção de plantas vitícolas, tem de corresponder ao que os enólogos pretendem. E eles, por sua vez, têm de estar atentos ao consumidor final deste néctar dos tempos remotos, que está a conquistar novos consumidores, mais exigentes. Por isso há vindimas mais cedo e vindimas mais tarde, dando por isso vinhos distintos.
Neste mês por aqui me fico, desejando a todos um reforço de energias para Setembro.
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