(Freguesia da Golpilheira • Concelho da Batalha • Distrito de Leiria)
 
>A dimensão individual da responsabilidade social

>A dimensão individual da responsabilidade social

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Na actualidade económica, qualquer empresa que seja considerada apenas como um instrumento de geração de riquezas materiais, os seus objectivos maiores estarão a ser esquecidos. Na realidade, hoje, muitas empresas reconhecem que o desenvolvimento sustentável a longo prazo depende de um bom desempenho ambiental e social. As empresas que tomaram a decisão de adicionar valor à sociedade e preservar o meio ambiente, ou seja, que levaram em consideração a sua responsabilidade social, rapidamente descobriram o sucesso do negócio.

Todavia, para além da Responsabilidade Social Empresarial, deveremos considerar também a procura da Responsabilidade Social Individual, isto é, a forma como nós, cidadãos, percebemos e entendemos o nosso “papel”, ou em bom rigor, a nossa responsabilidade no mundo em que vivemos.

De facto, muito pouco se fala sobre a responsabilidade que cada um de nós como indivíduo deve prestar à sociedade, ao ambiente, ao próximo e porque não a nós mesmos. A realidade quotidiana dá-nos exemplos reais e profundos de comportamentos e práticas que reflectem um egocentrismo preocupante. Consigo formular um conjunto de questões, que reflectem naturalmente a actual crise económica: O que posso eu fazer para minimizar os efeitos desta situação que a todos nos aflige? Que compromisso posso tomar em relação às gerações futuras no que se refere à sua educação e para com o ambiente? Em resposta, dificilmente formulamos a hipótese da nossa responsabilidade na retoma e facilmente colocamos os outros na posição de réu: o Estado, o Mercado Financeiro e as empresas…

Acho, pois, que é chegada a hora de cada um de nós, independentemente da sua realidade socioeconómica, definir e implementar na medida do possível uma Estratégia Pessoal. Implicando uma conduta ética e responsável, incluir elementos como: a tolerância, paz, aceitação da diferença, ser livre mas respeitando a liberdade de outros, ser um consumidor consciente, buscar o auto conhecimento, o equilíbrio interior e a valorização pessoal.

Acredito que, revertida esta falta de responsabilidade, e consequentemente agindo de forma social e moralmente aceitável, estaremos a facilitar a nossa própria vida e a reforçar a acção do Estado nas suas obrigações sociais.

Não alimentemos pretensões de salvar o mundo, mas se melhorarmos uma ou duas vidas, poderá ser um bom começo.

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