(Freguesia da Golpilheira • Concelho da Batalha • Distrito de Leiria)
 
Pistas para a resolução da agricultura no vale do Lena

Pistas para a resolução da agricultura no vale do Lena

António P. Grosso

 

    
A Caixa de Crédito Agrícola da Batalha foi fundada para apoio aos agricultores do concelho e o seu desenvolvimento e expansão a estes muito se deve, pelo aforro e também os depósitos dos mais abastados. 
Assim, a quem mais compete ajudar os agricultores do concelho, senão à Caixa? 
A seguir, passo a dar pistas para o aproveitamento das terras, a maioria das quais estão já em pousio ou plantadas de árvores, que em nada servem a própria rentabilidade e função do vale, dadas as suas particulares qualidades, quer no que respeita ao solo, quer no que respeita à água:
  1. Fazer um levantamento de todos os proprietários do vale. 
  2.  Inventariar o que lá está implantado, quer de culturas, quer de instalações. 
  3. Reunir com todos os proprietários para indagar quais as suas disponibilidades para que seja criada uma associação de todos os donos dos terrenos, para que os mesmos sejam agrupados no sentido de se fazer uma agricultura em conjunto. 
  4. A Caixa de Crédito ficaria a liderar o processo, quer no que respeita à implantação agrícola, financiamento, apoio do Ministério da Agricultura, quer no que respeita à garantia de propriedade dos actuais proprietários, quer na escolha das culturas que os serviços técnicos do Ministério acharem mais apropriadas. 
A titulo de exemplo, veja-se o que foi o plano de rega do vale do Lis, pense-se que no ano passado foram importados cerca de 4.000 camiões de maçã e veja-se o que o Vale do Lena poderia produzir só… em maçãs de Alcobaça. 
Veja-se, por fim, se é melhor deixar ao abandono, a criar silvas ou a plantar carvalhos, um vale que tem um bem essencial que é ter ao longo do ano água do rio Lena. Quantas terras haverá com tão boa qualidade como a nossa? 
Olhe-se para o futuro, a crise veio para ficar, e quem se deixar tomar pelo desânimo, aos descendentes, um pesado encargo lhes deixará. 
O tempo do passado, em que os da minha geração diziam querer deixar um bocadinho de terra para o seu filho fazer a sua casinha, já passou. Olhem para o que custa a todos nós termos uma casinha no terreno que era dos nossos pais. 
A ligação da rede da electricidade, da rede de esgotos, da rede de águas e o caminho. Quanto isso nos custa? 
As contribuições que o Estado nos suga já não bastam e que obriga, qual pedinte de mão estendida, a suplicar e a entregar a nossa soberania que ao longo dos séculos tanto custou a ganhar. Pensem bem… é o futuro dos nossos filhos que está em causa. 
 
  
 
 
  
 
  
 
  
 
  
 
  
 
  
 
 
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