Depois de uma época brilhante de 2013/2014, em que a Golpilheira conquistou o 1.º Campeonato Nacional de Futsal Feminino, eram grandes as expectativas para esta época.
A renovação do título e a presença na Final Four da Taça de Portugal eram os dois grandes objectivos. Ultrapassada a primeira fase do Campeonato Nacional com tranquilidade, a segunda fase, de apuramento do Campeão Nacional, foi um desastre. Começámos bem, pois um empate no terreno da Quinta dos Lombos é sempre bom. Acabámos por ganhar o último jogo aos Leões de Porto Salvo. Pelo meio, ficou mais um empate e 11 derrotas. Na Taça de Portugal, falhámos a Final Four, perdendo em casa com os Leões de Porto Salvo.
Para percebermos melhor o que se passou, fomos conversar com a treinadora, Teresa Jordão.
No início da época, imaginavas que esta situação podia acontecer?
Claro que não. Os objectivos de qualquer equipa não passam por perder. No início da época, eram claros: passagem à segunda fase do Campeonato Nacional e consequente manutenção no campeonato nacional 2015/2016; presença na Final Four da Taça de Portugal e revalidação do título de campeão. Assumo inteiramente a má época que fizemos.
Com o actual plantel, havia hipótese de fazer melhor?
Na minha opinião, sim. Em quase todos os jogos estivemos bem numa das partes, o que significa que, com um pouco mais de concentração, teríamos feito mais uns pontos.
Que razões encontras para estes maus resultados?
Bom, nalguns jogos mais equilibrados tivemos uma nítida falta de sorte. Basta ver que fomos a equipa que marcou mais autogolos, o que nunca me tinha acontecido.
Tivemos também muitas e prolongadas lesões de atletas fundamentais, com a de uma guarda-redes e a da Licas.
Mas, quanto a mim, claramente, o factor principal foi termos feitos os treinos de seniores e juniores no mesmo horário, o que não dá rendimento nem para umas nem para outras, pois exigem ritmos diferente de treino. Foi um erro forçado, pelo aparecimento de mais equipas a treinar, mas vou corrigir isso no próximo ano.
Já estás, portanto, a preparar a próxima época…
Sim, já está a ser programada. Está tudo previsto para iniciar entre 17 e 20 de Agosto.
Todas as atletas renovaram? E vai haver aquisições?
Com excepção da Maria Jerónimo, todas as outras renovaram. Vamos tentar contratar duas ou três jogadoras com qualidade. Neste momento, já falámos com duas.
Vão entrar mais duas equipas de Lisboa no campeonato, uma das quais o Sporting, cuja capacidade de recrutamente é bem diferente da nossa. Como encaras a próxima época?
Temos consciência de que o apuramento para a fase de apuramento do campeão vai ser cada vez mais difícil, no entanto, os nossos objectivos serão os mesmos desta época, que referi no início.
Para além da equipa sénior feminina, treinaste ainda mais três equipas do nosso clube. Que balanço fazes do seu desempenho?
A época foi fantástica. Os infantis e as sub 15 evoluíram e consegui ensinar-lhes alguma coisa. Nestas idades, independentemente dos resultados e na minha opinião, é o mais importante. Já as juniores, venceram a Taça Distrital e sagraram-se vice-campeãs distritais. Participaram na Taça Nacional, tendo passado à segunda fase, onde estavam as 8 melhores equipas do País. E neste plantel havia apenas uma júnior de último ano.
Portanto, qualquer destas equipas tem muita margem de progressão e podemos esperar um bom nível no futsal do CRG para o futuro.
Comparação das épocas
Como podemos verificar pelo quadro, tanto na época de 2013/2014 como de 2014/2015, a equipa de futsal feminino sénior do Centro Recreativo da Golpilheira classificou-se com os mesmos 30 pontos na 1.ª fase do campeonato nacional, ficando em segundo lugar no primeiro ano e em terceiro lugar este ano. Na 2.ª fase, de apuramento de campeão nacional, na época 2013/2014, sagrámo-nos brilhantemente campeões nacionais, com 33 pontos. Já na época de 2014/2015, o desastre foi total, ficando pela 8.ª e última posição, com apenas 5 pontos.
Ainda assim, a participação nesta 2.ª fase garante a participação no campeonato nacional da próxima época. Resta esperar que esse objectivo mínimo seja alcançado também no próximo ano e, depois, que a equipa volte às vitórias e a dar-nos as alegrias a que nos tem habituado.
Desejamos a todas as atletas e equipa técnica e dirigentes umas boas férias.
MCR